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Eu ♥ Resenhas: A Guardiã da Meia-Noite




Título Original: The Midnight Guardian.
Editora: Planeta do Brasil.
Autor: Sarah Jane Stratford.
Páginas: 336.


 



Não eram apenas judeus e negros prejudicados na Segunda Guerra Mundial, os vampiros também corriam perigo. Afinal, com Guerras há mortes e sangue humano desperdiçado.

Mas, eles não deixariam tão facilmente sua raça ruir… 

Então, forma-se um grupo de vampiros milenares - Brigit, Mors, Meaghan, Swefred e Cleland - temerosos pela falta de alimento e orientados por um conselho vampiresco, tentam atrapalhar a expansão das ideias nazistas.

Desenvolve-se então uma fabulosa rede de intrigas, de perdas e fracassos. E o nazismo só se expande.
Ao mesmo tempo em que a missão fracassa, a protagonista, Brigit, sofre pela falta de seu amado Eamon – que por ser não ser milenar não pode estar junto dela. Então a narrativa, por vezes, muda de foco direcionando-se ao romance dos dois vampiros. É possível perceber que o amor de ambos é tão forte que mesmo na distancia, a paixão e a música de Eamon tocam o coração de Brigit tornando-a cada vez mais forte e determinada. E mesmo com todas as missões caminhando ao fracasso, como sol e outras dificuldades, Brigit recebe um valioso encargo: salvar e proteger uma importante carga.

Que carga é essa? Qual a importância de tal segredo para os vampiros? Por que a vampira milenar aceita tal incumbência? – Tais perguntas somente a leitura do livro pode proporcionar e, no fim, o desfecho é nada mais do que o esperado da forma mais imprevisível. Com todas as perguntas respondidas da forma mais surpreendente nos prendendo até a última linha.

Eu ♥ Resenhas: Entrevista Com o Vampiro



Título Original: Interview with the Vampire.
Autor: Anne Rice.
Editora: Rocco.
Paginas: 276.
Série: Crônicas Vampirescas.







É através de uma entrevista que Louis conta sua história...

Quando Louis tinha perdido a vontade de viver, Lestat surge em sua vida e transforma-o em algo imortal chamado vampiro. A partir daí o seu alimento é o sangue humano, mas arrancar a vida de outros é algo que não agrada o recém-criado vampiro.

Louis se incomoda em matar e se priva ao máximo de tal atitude por considerá-la incorreta. Mas Lestat, por sua vez, não se importa com a vida alheia e mata com toda sua sensualidade e mesquinhez sem um mínimo rancor. E são tais atitudes egoístas e inconseqüentes que o levam a transformar uma criança em vampiro, a menina Cláudia.

Cláudia, uma mulher presa pela eternidade em um corpo infantil, desenvolve uma mentalidade sedutora e vingativa. Que convence Louis a se livrar de Lestat e, com ela, encontrar outros vampiros...

Trazendo consigo personagens profundos e inevitavelmente, humanos, o primeiro volume das Crônicas Vampirescas tornar a morte algo mais palpável e a eternidade uma questão de existência. Entrevista com Vampiro é o livro que demonstra que fantasia e realidade histórica podem andar lado-a-lado. Pois, os vampiros de Anne Rice, além de sedentos e historicamente situados de forma esplendida, são evidentemente uma metáfora para o outsider.

Eu ♥ Resenhas: O Arqueiro



Título Original: Harlequinn.
Editora: Record.
Paginas: 444.







Como um ávido fã de literatura sobre a idade média, Bernard Cornwell se tornou para mim um mito, até o dia em que eu resolvi lê-lo.



         Já tive medo de fazer uma resenha, já não quis fazê-la, já tive vontade de manipular a resenha ou até mesmo vontade de simplesmente explodir a resenha, mas está é a primeira vez que não sei como fazê-la.

         Bernard tem uma legião de fãs por conta de seus romances históricos e épicos. Já ouvi dizer que são os melhores contos da idade média e que Bernard é um Tolkien do mundo real. Por conta destes loucos aficionados que criei uma grande expectativa e fiquei impressionado com a simplicidade de O Arqueiro.

         Está historia traz detalhes importantes e um conhecimento vasto de uma época de guerras e aristocracia. Bernard tem um domínio muito grande e o tempo todo demonstra entender a cultura e os costumes do povo inglês na respectiva época. Tudo isto me fez pensar que: Quem não sabe inventa, mas Cornell, este sabe! Tenho por obrigação dizer em claras palavras que é um ótimo livro e que tem méritos importantes, mas não é lendário. Os fãs que me perdoem.

         Não sendo um livro nota dez, desponta como um maravilhoso nota oito, é refinado e de leve leitura, começamos e embalamos suavemente sem nenhuma brusca emoção e assim vamos até o final.

         Este livro é o primeiro da trilogia pela busca do Graal e se passa durante a Guerra dos Cem Anos na França. Neste tempo o Rei Inglês Eduardo reivindica o Trono Francês ocupado por Felipe de Valois. É nesta guerra que Thomas de Hookton é inserido. Ele é um dos arqueiros do poderoso exercito inglês.

         Mas a historia de Thomas começa um pouco antes contando um pouco de seu passado. Ele é filho de um Padre de ascendência nobre e que é o guardião da lança de São Jorge. O Enredo concentra-se na busca de Thomas para recuperar a lança roubada e para descobrir o nome de sua família que apesar de nobre continua oculta.

         Na trilha do exército inglês Thomas passa por aventuras dignas de uma canção de Bardo, mas para isso ele nos expõe a verdadeira face das guerras.

         Os homens são animais cruéis, a nobreza covarde e mesquinha, as batalhas sanguinolentas e sem controle enquanto as mulheres são frágeis objetos da sorte. Quando uma cidade é invadida as mulheres locais são invariavelmente estupradas e depois escravizadas. Isto se repete em cada cidade que o exercito toma.

         Além disto, é demonstrada com exatidão a impossibilidade de ser cortês ou honrado na guerra. A famosa Batalha de Crecy é o melhor exemplo. Mas mesmo fora dela há exemplos o suficiente. Enquanto o exercito Francês insiste em duelos com cavalos e seus honrados cavaleiros cheios de lanças decoradas e flâmulas hasteadas a Aristocracia Inglesa sabendo da sua desvantagem não tem pudor em usar arqueiros no lugar dos cavaleiros (como teoricamente deveria ser). As flechas inglesas foram o principal fator para o exercito liquidar as investidas dos franceses que em algumas vezes tinham mais que o dobro de homens.

         Para aqueles que gostam da idade média O Arqueiro é maravilhoso, apesar de um enredo simples demais e poucas surpresas. Para os não tão fãs assim é um livro bom e ponto. Enredo incrivelmente simples somado a uma riqueza de detalhes incrivelmente complexa. Vale a Pena.

         De qualquer forma eu recomendo, além de cultural e histórico ainda é a especialidade de um dos autores mais consagrados da atualidade.


Eu ♥ Resenhas: Os homens que não amavam as mulheres



Título Original: Men Who Hate Women
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Paginas: 522



















Confesso que estou com um medo terrível de fazer a analise de “Os homens que não amavam as mulheres”. Motivo? Após ler o primeiro livro da Trilogia Millennium já li mais de duas mil outras paginas e creio que algumas coisas importantes ficaram bem nebulosas em minha mente. Ainda assim é um livro que merece um bom papo.
                

Importante dizer que o livro foi escrito pelo Srº Stieg Larsson, um importante repórter político econômico da Suécia. Militante político, fundador e participante de meios jornalísticos que denunciaram o neo fascistas e os nazistas suecos.
                

Por que seria tão importante definir o autor para a resenha em questão? Oh yeah! Porque o personagem principal é extremamente baseado em seu autor. Talvez não em relação à vida sexual movimentada do protagonista, pois o Sr Larsson não é nenhum galã.
                

O Protagonismo deste primeiro livro é de Mikael Blomkvist, um repórter de meia idade, boa praça, ativista político e criador de uma modesta revista sobre economia. Lembra alguém?
                

O livro começa com o julgamento de Mikael por difamação e com sua condenação a três meses de prisão. Tudo por conta de uma matéria sobre o multibilionário sueco Hans-Erik Wennerstrom.
                

A matéria revelasse falha, enganosa e fruto de uma enorme confusão de Mikael e sua amiga Erika, co-fundadora da Millennium e amante de Jornalista. Toda a mídia começa um enorme movimento Pró-Wennerstrom, que é exaltado como patriota e bem sucedido empresário nacional. Wennerstron é o dono de um império incalculável.


Esta frágil situação de Mikael é o que permite a entrada do personagem de Henrik Vanger. Ele é um antigo empresário do Grupo Vanger, aparentemente rival do Grupo Wennerstrom. Inimigos dos meus inimigos são meus amigos!
               
Na verdade Henrik Vanger está a muitos anos fora da gerência efetiva do Grupo de sua família e o assunto que apresenta a Mikael é muito mais obscuro e tenebroso. Ele quer que o Jornalista mude-se para Hedeby, ilha particular da família Vanger e elucide o sumiço da sobrinha do magnata sueco.


Até aqui a historia é arrastada e monótona. Tudo parece ser a preparação do terreno com muitas informações, tanto quanto o caso judicial Wennerstrom e a personalidade de Mikael, Erika...
             
Lisbeth


Neste meio tempo somos apresentados a Lisbeth Salander, uma garota socialmente incapaz, com problemas psicológicos, frágil e lerda. Isto é o que dizem os relatórios médicos, mas na verdade Lisbeth é uma Hacker de primeira, possui uma inteligência super desenvolvida e na verdade é uma investigadora excepcional. O grande lance desta primeira parte do livro é mostrar como Lisbeth pode ser incapaz e lerda e ao mesmo tempo inteligente e traiçoeira. Seu guarda-roupa se resume em uma jaqueta de couro e calças jeans rasgadas. Um completa punk com brincos piercing e tudo mais.

Pronto, depois de metade das paginas o livro está pronto para decolar.
                
Após todos os personagens entrarem no livro e o autor informar das birras pessoais e deixar claro quem são os inimigos e quem são os amigos ele pode começar a solucionar o caso de Harriet Vanger.
                
Sumida a mais de 35 anos, Harriet tinha dezesseis quando some misteriosamente. Depois de vários inquéritos policiais o caso é arquivado sem solução alguma e Henrik entra em decadência gastando todas as suas forças e dinheiro em investigações particulares. Nada dá resultado, até agora.
                
Henrik a está altura já é um velho e perto da morte resolve fazer um ultima tentativa. Ele aproveita a situação difícil de Mikael e sua revista para fazer uma proposta irrecusável. Promete ao repórter um pagamento milionário para que aceite investigar o caso e se não fosse o suficiente ainda promete revelar os crimes do principal inimigo de Mikael. Hans-Erik Wennerstrom.
                
Já li algumas resenhas sobre “Os homens que não amavam as mulheres” que dizia: - É impossível parar de ler – Não acredite, está primeira parte é monótona e chata. Persista e vença porque existe uma historia que vale a pena ser lida.
                
Quando Mikael começa a desvendar o mistério o romance torna-se rápido e cresce de uma forma impressionante. Mikael é inteligente e o caso do sumiço de Harriet se desdobra em um verdadeiro show de horrores de toda a família Vanger. Henrik nutre uma profunda raiva da maioria dos membros de sua família, porém ele não faz idéia da sujeira em que está sua família.
                
Lisbeth Salander vem logo em seguida para acrescentar a cereja do bolo com seu jeito estranho e sentimentos inesperados. Há uma nova carga de fatos e argumentos que aí sim! Você não vai conseguir parar de ler. A Partir daqui é bom que você compre o segundo volume, pois você não vai querer parar com a Trilogia.
                
Este livro vale muito a pena e apesar do inicio lento e que demora a engrenar ele, ao contrario do outros tantos livros, ele engrena. E quando a historia deslancha somos presenteados com um fabuloso conto complexo e interessantíssimo.



Eu ♥ Resenhas: Mãos de Cavalo



Título Original: Mãos de Cavalo
Autor: Daniel Galera
Número de Páginas: 189
Editora: Companhia das Letras










"O tema principal do livro é a identidade, a obsessão que temos por defini-la e a inutilidade geral desse esforço", diz o autor. "Até que ponto é possível decidir como queremos ser e que imagem os outros terão de nós? Talvez definir isso racionalmente seja tão inviável quanto decidir se queremos ou não amar uma determinada pessoa."

Um pequeno garoto de dez anos percorrendo as ruas da zona sul da cidade de Porto Alegre com a sua bicicleta é o início de nossa jornada pela descoberta da identidade de Hermano. O que um tombo e o contato com uma velha senhora pode nos revelar?

O sangue que escorria dos ferimentos do garoto era um sangue escuro, sangue-ruim, e era bom que ele fosse todo embora. Como essas palavras afetaram o menino é algo que os leitores de Mãos de Cavalo podem perceber ao descobrirem a adolescência do garoto que, apaixonado pela virilidade e, desconhecendo a diferença entre heroísmo e masoquismo, encontra-se confuso e perdido, buscando uma definição para a identidade do que ele poderia ser.

O livro transita entre três fases da vida de Hermano, personagem central da trama. No princípio, o encontramos como um pequeno garoto de dez anos, e depois, alternamos entre sua adolescência e sua fase adulta. Nas duas fases, no entanto, percebemos um ponto em comum: a busca de Hermano por sua identidade; a descoberta que ele quer fazer dele mesmo.

Com o decorrer da obra, nos deparamos com fatos que aparentemente não possuem nenhuma relação entre si. Os tombos de bicicletas, uma brincadeira no banheiro envolvendo sangue falso, um parto de cesariana que não envolvia anestesia, uma disputa em um campo de futebol, uma viagem à Bolivia com fins "alpinísticos", um sonho sem dentes...

Todas essas memórias, que inicialmente são totalmente desconexas, começam a se conectar como um quebra-cabeças ao decorrer da história. O livro, que se transforma em uma auto-análise do próprio personagem sobre suas ações passadas e sobre o seu futuro desconhecido, começam a transformar o caráter do personagem, que sente-se farto da covardia que ele acredita ter assombrado sua vida durante muitos anos, quando tudo com o que ele sonhava era o heroísmo e a virilidade dos heróis que via na televisão, nos quadrinhos e nos filmes.

Sonhando com esse heroísmo, Hermano espelha-se em sua adolescência em um dos garotos do bairro, com quem tivera conflitos em um evento em particular. O rapaz, que possuía uma má fama pelo bairro acaba se tornando um companheiro, ainda que silencioso, do personagem principal. Mas a amizade encerra-se com uma tragédia que transforma-se em um fantasma chamado covardia que assombra Hermano por muitos anos.

Os personagens da obra, em geral, são apresentados pelo autor conforme a necessidade exija que assim seja feito. Embora não saibamos muito sobre todos eles, os personagens apresentam uma profundidade absurda, tornando-se tão palpáveis quanto humanos. Toda a turma que Hermano possuía em sua adolescência passava diante de meus olhos conforme eu lia as descobertas e aventuras (ou desventuras, quem sabe) do rapaz.

Possuindo uma escrita visível, que chega a ser quase cinematográfica (e ah, como seria um belo filme!), Daniel Galera presenteia os seus leitores com uma interrogação sobre o que é a identidade humana. O que nós somos? Como nos definimos, o que queremos? Será que sabemos tudo que imaginamos saber sobre nós mesmos, ou ainda tenhamos dúvidas do que somos?

O autor concede à Hermano uma segunda chance em sua obra, e ele a agarra com todas as suas forças, para tentar espantar os fantasmas de seu passado que, assombrando o seu presente, fazem com que o protagonista tema o seu próprio futuro.

Quero encerrar por aqui, para não me estender demais e acabar revelando mais do que deveria. Mas não sem antes dizer: posso ter sido vago nesta resenha, mas só o fiz assim para despertar a curiosidade de vocês, leitores, para essa fantástica obra de nossa literatura brasileira, que deixou muitas obras estrangeiras que já li para trás. Pelo menos, na minha modesta opinião.

Eu ♥ Resenhas: As Máscaras do Destino




Título Original: As Máscaras do Destino
Autor: Florbela Espanca
Número de Páginas: 136
Editora: Martin Claret








“Este livro é dum Morto, este livro é do meu morto.
Que os vivos passem adiante…”



Se você acha que só de poesia vivem os simbolistas, engana-se. Afinal, em As máscaras do Destino, a portuguesa decadentista Florbela Espanca aventura-se a narrar histórias sobre o que nos é inevitável: a morte.

Florbela escreve tal livro após o falecimento do irmão Apeles. O irmão, que até então era um de seus alicerces, padece tragicamente em um acidente de avião por ele mesmo pilotado. Florbela, a partir de então, nunca mais foi a mesma…
Sua doença se agravou e em sua profunda tristeza escreveu em homenagem ao seu morto, Apeles, as Máscaras do Destino.

Neste volume são presentes os contos:

  •  Aviador
  • A Morta
  • Os Mortos não Voltam
  • O Resto é Perfume
  • A Paixão de Manuel Garcia
  • O Inventor
  • As Orações de Sóror Maria da Pureza
  • O Sobrenatural


Começando com o Aviador ela nos transporta a sinestésica visão mítica da morte do irmão. Cheias de imagens, uma discreta sensualidade e até mesmo obviedade de idéias em alguns contos, traz ao livro uma beleza decadente. Uma linguagem tradicional em um ritmo spleen evidente… Confusos são alguns trechos, mas nada que uma releitura nos faça entender, para que o significado da morte – e conseqüentemente da vida - fique mais evidente. Afinal, a vida é tudo e o resto é perfume
 
“Tenho certeza de que os mortos não voltam.”

O velho e simpático Dr. X., quebrando o silêncio em que se tinha emparedado toda a noite, fez esta estranha afirmação num tom tão peremptório, com tal firmeza de acentuação, com uma tão grande autoridade, que a sua frase, balde de água gelada na exaltação do grupo, fechou a discussão como por encanto.

“Os mortos não voltam”, repetiu.

Eu ♥ Resenhas - Angelologia: O Conhecimento dos Anjos

 

Título Original: Angelology
Autor: Danielle Trussoni
Editora: Objetiva
Número de páginas: 456
Ano: 2010





 
 
Evangeline vive como uma freira comum até o momento em que recebe em forma de carta uma solicitação de pesquisa. Aparentemente, é só mais uma solicitação de pesquisa que ela deveria, pela regra do convento, recusar. Mas algo a intriga. E assim, Evangeline acaba quebrando as regras da Ordem das Franciscanas da Perpétua Adoração e se envolvendo com o caso pesquisado por Verlaine.

Ambos descobrem que Nefilins estão em toda parte. Não há como negar. E, por mais que sejam descendentes de anjos, não se apresentam divinos ou puros, mas dotados de ganância e luxúria. São seres que corrompem a história do mundo com suas ideologias desde a queda… Alguns Nefilins agora estão doente e somente um antigo instrumento angélico é capaz de curá-los. Eles estão dispostos a tudo para encontrá-lo.

Mas o que Evangeline menos espera é que sua família, seu passado e o próprio convento são integrantes vitais desses mistérios. Uma narrativa extremamente descritiva, intrigante e inteligente. Angelologia utiliza-se da história como nenhum livro da contemporaneidade foi capaz de fazer. Os personagens são profundos, os detalhes históricos e bíblicos foram minuciosamente estudados… E como afirma Raymond Khoury, Angelologia, sem dúvida, é misterioso, envolvente e, se me perdoem o trocadilho, diabolicamente bom.

Trilhas Sonoras de Livros



As Trilhas Sonoras de filmes são sempre um objeto de desejo a parte. Além de complementar a historia e muitas vezes contribuir com o foco emocional, ela pode apresentar-se tão grande e tornar-se por si só a arte.


E com os livros? É possível musica entre as palavras ou ela iria apenas atrapalhar sua leitura? E para escrever a musica distrai ou inspira? Muitos preferem o silêncio, mas será que o som perfeito não lhe fornece a emoção necessária para descrever um beijo? Uma festa ou até mesmo a morte?


Eu ♥ Resenhas: O Livro Sem Nome



Titulo Original: O Livro Sem Nome
Autor: Efeveka
Ano: 2010
Editora: Scortecci
Numero de Páginas: 155






 
"Entre diálogos insanos e momentos de introspecção, um indivíduo, que talvez seja dois, se vê diante das questões de sempre, que ele espera resolver como nunca (como sempre)..." |

Definir o O livro Sem Nome é concretizar o inefável. Rotulá-lo não me convém, mas minha visão sobre o que li, sobre as palavras que estampadas nas poucas páginas, abrangem risos e reflexões… Então, comecemos pela estruturação do texto para depois analisar pormenores e noções.

A narrativa estruturada em forma de pequenos monólogos e diálogos trazem sempre um conjunto de indagações que se unem formando uma história sobre o anônimo incógnito, um ser incógnito tentando salvar o mundo… Tal como estar exemplificado a seguir:

Fechei os olhos.
“O que importa é o gosto. O que importa é o gosto. O gosto. O gosto, o gosto, o gosto...”
Eu não encontrava o gosto.
Numa jujuba, era fácil encontrá-lo. Já nessa outra coisa, não me parecia claro o quê degustar. Onde estaria o gosto senão nela? No sorriso dela, nas palavras dela?
Onde estaria o gosto, senão, no beijo...

Menininha_de_Trancinhas: Anônimo...
Anônimo_Incógnito: Menininha...?
Menininha_de_Trancinhas: Você já...
Anônimo_Incógnito: ...?
Menininha_de_Trancinhas: Ah, você com certeza já! Mas é que eu nunca... eu nunca...
Anônimo_Incógnito: ...?
Menininha_de_Trancinhas: Ah, você sabe...

O livro aparentemente é composto por vários diálogos isolados, mas percebe-se a cada diálogo que eles se complementam, se interligam. Tais conversações isoladas fazem um determinado sentido mais restrito que o completo.

A forma cadenciada dos textos (usando, por vezes, estruturas muito semelhantes para constituir a narrativa e efeitos de repetição equivalentes), torna por vezes o desenrolar cansativo. Em outras palavras, da mesma forma que os monólogos teatrais, a letargia se instala pela repetição – a utilização de uma mesma forma em todas as páginas. Eu não considero um defeito grave, mas a maioria dos leitores considera. Por esse motivo, devorá-lo de uma só vez pode causar uma depreciação da obra, porque a complexidade da maioria dos diálogos requer mais que uma leitura superficial, requer uma extrema concentração uma mente aberta sem preconceitos literários.

Sim, deixe preconceitos literários de lado antes de lê-lo. Pois o autor usa a liberdade literária como uma de suas formas mais marcantes.

É totalmente visível a adição de personagens aleatórios no texto, mas percebe-se que tal adição é proposital tal como o uso excessivo de reticências nos diálogos (já que falar em reticências é uma das características mais marcantes do anônimo).

É um livro que pode parecer excêntrico a primeira vista. Mas que ao fim deixa-nos com aquele ar de admiração, pois as pequenas coisas da vida são ali postas de uma forma inusitada, as indagações mais idiotas ganham um sentido… E outras têm seu sentido desfeito para dar lugar a indagações que não são respondidas, já que nem o anônimo, nem o autor são os donos da verdade... Afinal, o que importa é o gosto. O gosto

Eu ♥ Resenhas: Mundo Sem Fim



Titulo Original: World Without End.
Avisos: Este livro faz referência a violência e sexo.
Autor: Ken Follet.
Ano: 2007.
Editora: Rocco.
Numero de Páginas: 941.














Como diz a indicação na contra capa, este livro já nasceu Clássico. Mas morreu como tal?

Mundo Sem Fim é um romance histórico do maravilhoso escritor Inglês Ken Follet. O livro Medieval foi lançado em 2007 sob grande expectativa dos Fãs de Follet e por uma razão justíssima.

Este romance se passa em 1327 e é uma continuação do livro de maior sucesso do inglês, o também medieval Pilares da Terra I e II. Livros estes fantásticos para os amantes da literatura Medieval e Clássico Boníssimo para os demais.

Cercado por está grande expectativa de escrever a seqüência do seu livro de maior sucesso, Follet acabou por escrever um livro pela metade.

O livro inicia-se com quatro protagonistas: Merthin, Ralph, Gwenda e Caris. Estes quatro ainda crianças acabam testemunhando a luta entre soldados da rainha e um cavaleiro fugitivo. Este cavaleiro, chamado Thomas guarda um grande segredo, portanto foge de todo o poder da realeza, por fim esconde uma carta chave e pede a Merthin que quando morrer o menino deve entregá-la a um padre.
A partir daqui, a trama começa a andar de fato e tem no início dois pontos cruciais para o não fracasso total do romance. Ken Follet tem uma das formas mais maravilhosas e naturais de narrar suas historias. Sua calma que o impede (ao menos nos romances medievais) de dar um ritmo veloz lhe compete uma historia envolvente, estável e, sobretudo, real.

Já o seu segundo ponto positivo é como ele nos apresenta está época tão interessante da humanidade. Ao contrario de TODOS os outros livros que falam da idade média ou fantástica idade média que já li, tais como: Ivanhoé, Crônicas do Mundo Emerso, A Guerra dos Tronos, O Arqueiro, Entre outros. Ao contrario de todos eles, Ken Follet não foca em Guerras, Cavaleiros, Honra Cavalheiresca, Reis, Rainhas, Torneios, Espadas brilhantes, Pilhagem, Nobreza e Brasões. Apesar de tudo isso fazer parte da trama, o foco é a verdadeira vida medieval.

Tanto que dos quatro personagens principais, apenas Ralph tem algum contato com a Nobreza, sendo está sua obsessão. Já Merthin é um aprendiz de construtor, Gwenda uma Camponesa e Caris, filha de um mercador rico.

Eles passam suas vidas em KingsBridge, um priorado conhecido por sua Catedral com aproximadamente duzentos anos. E se Pilares da Terra demonstra como um Prior, espécie de prefeito, pode levar o lugar à ascensão material e espiritual, Mundo Sem Fim demonstra o contrario.

O Priores de KingsBridge são ultra ortodoxos e impedem muitas vezes que a cidade prospere e é missão dos mercadores lutar contra está tirania. Como? Com jogos de interesse, planos meticulosos e uma discreta batalha de influencia.

Até certo ponto a historia vai melhorando sucessivamente e somos surpreendidos com elementos realmente muito bons.:Há a peste negra e a inquisição; Uma igreja real, portanto cruel e mesquinha, se insinua na ignorância do povo e faz por ali seus maiores estragos mantendo todos cegos e ignorantes.

Merthin cresce neste ambiente político e torna-se o mais notável construtor, Ralfh torna-se pajem e mais tarde vai a Guerra dos Cem anos. Gwenda é quase que esquecida por Follet e tem uma historia capenga e pobre, podendo até ser excluída do livro. E, por ultimo, Caris que tem o verdadeiro protagonismo durante toda a peste negra.

O problema é que, com tantos elementos interessantes, Ken Follet não consegue vencer aquela fase do “Tá quase lá”. O tempo todo eu esperei o momento em que perderia o fôlego e a historia deslanchasse de vez. E por mais que isso estivesse próximo a acontecer, o livro segue e não acontece, deixando um grande vazio decepcionante.

O Final do livro é ainda mais decepcionante. O Autor claramente perde o interesse pela historia e começa a deixar grandes lacunas e espaçar cada vez mais as ações. Os personagens envelhecem mais de dez anos e tomam atitudes primordiais para a trama em menos de meio capitulo.

E para finalizar a lambança, a carta misteriosa de Thomas, que muitas vezes é esquecida na trama e em outros momentos é reativada como principal motivador, mostra-se uma verdadeira “merda”: Sem graça, sem sal, sem real utilidade e broxante.

A trama tem vários pontos inexplorados e esquecidos, tem personagens vazios durante tempo demais e personagens importantes por tempo de menos. É extremamente irritante você perceber que a trama é boa, apenas não foi explorada. Por quê? Por desmazelo, preguiça, cansaço, não sei ao certo.

Sei que o Sr. Ken Follet merece respeito com sua bela historia, mas para mim ,a partir do momento em que você publica um livro a historia passa a ser dos fãs e não apenas do autor. Eu, como um grande fã de Follet e como “dono” de Mundo Sem Fim cravo que este é um conto pela metade.

E, por assim ser, ele merece metade da nota que eu gostaria de dar. Então, um quatro fica de ótimo tamanho.

E vale dizer, aqueles que quiserem ler Follet, comecem pelo magnífico Pilares da Terra e deixem Mundo Sem Fim para um tarde vazia. 

Obrigado!

Eu ♥ Resenhas: Hell Paris 75016



Título Original: Hell Paris 75016
Autor: Lolita Pille
Ano: 2004
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 208










Um relato cínico da juventude parisiense.

Hell, a personagem principal, é um misto de hedonismo e total consciência de seus erros e acertos. Hell é uma francesa, uma putinha, daquelas mais insuportáveis, da pior espécie. Sim, ela assim se auto-define. Sem pudor; com palavras de baixo calão para alcunhá-la da forma mais apropriada, ela é uma vadia... Para ela, é melhor é ter um punhado de pó do que felicidade. É melhor ter sexo do que amor. Essencialmente consumista, sua revolta existe, mas sua revolta interna nada importa. Afinal, Hell prefere ter o sapato da moda à mudança de seus hábitos…

Vários personagens secundários e vazios surgem. E é impossível criar uma complexidade para eles, porque, para ela, eles pouco importam. E, com ela, pouco se importam.

É quando surge Andrea – alguém tão sujo quanto ela.

Não há começo ou fim definidos, não há linearidade… Há apenas uma a história desgraçada pelo sistema e pelo consumo quando o querer e o não querer convergem para um único ponto, quando surge amor no sexo… O que pode acontecer quando alguém toca no coração de nossa fútil e dissimulada Hell? O que acontece?

Lolita Pille, através da crítica, conseguiu retratar a depressão da personagem em relação ao mundo e a situação em que se encontra… Uma narrativa que mistura romance e relato confessional, “Hell é o delírio de que o consumo representa a evolução da existência.

“A humanidade sofre. O mundo é uma imensa planície após uma carnificina, amontoada de moribundos que gemem e se contorcem. Os homens, "as pessoas" vagueiam, anônimas, e dissimulam uma ferida aberta por baixo de seus ares impassíveis.”
Barbara Paz interpretando Hell

Em 2006, Hell Paris ganhou sua versão cinematográfica dirigida por Bruno Chiche com o título de Hell. E, sua versão teatral brasileira, teve como a atriz Bárbara Paz interpretando o papel de Hell em 2010.

Lolita Pille é autora também de Bubble Gum (Editora Intrínseca - 2004) e Cidade da Penumbra (Editora Intrínseca - 2011).

Eu ♥ NANs #2~

"NAN é um termo criado pela autora Ren Deville.".

- Conhecendo um NAN

Ele começou a escrever Lucas e Thaís quando eu tinha três anos de idade (1998), à mão, e desistiu. Um ano depois escreveu Todas as Estrelas do Céu, que foi um sucesso estrondoso na blogosfera brasileira. Com muito talento e determinação, Enderson Rafael conquistou seu lugar ao Sol entre os Novos Autores Nacionais.
Nasceu em Florianópolis, e é um dos criadores do movimento Desafio Nacional e o projeto Novas Letras, ambos dedicados a valorização da literatura nacional, o primeiro com blogueiros, o segundo com autores, mas todos com um único fim: Mostrar ao Brasil e ao mundo que os NANs chegaram para se perpetuar na história da nossa literatura.

 
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