Título Original: Need.
Autor: Carrie Jones.
Ano: 2010.
Número de Páginas: 337.
Editora: Underworld.
Edição: 1ª Edição.
Tradução: Ana Death Duarte.
Instintos Cruéis conta a história de Zara White, uma
adolescente bem diferente do que costumamos ver nesse gênero literário. Zara é
do tipo altruísta e escreve cartas para a Anistia Internacional na esperança de
poder amenizar um pouco da dor existente na vida de milhares de pessoa que hoje
se encontram presas e incapazes de exercer seus direitos civis. A heroína deste
livro também é boa no atletismo e tem uma obsessão peculiar por fobias. Os
capítulos são todos intitulados por fobias diferentes, é bem interessante
porque o significado daquela fobia tem algo a ver com o desenrolar do capítulo.
Após a
morte de seu marido, a mãe de Zara manda-a para o Maine passar uns tempos com
a sua avó na tentativa de ver a filha melhorar da depressão e é lá que se passa
toda a história. Garota nova numa cidade pequena, nós já conhecemos essa
história, não? Mas Zara, como já disse anteriormente, é uma protagonista
diferente... Ela tenta proteger o máximo todos que a rodeiam, até mesmo quando
suspeita que esteja sendo perseguida por um cara estranho. Pois é, ela começa a
notar que esse homem aparece muito frequentemente em seu caminho, viu ele em
Charlestown, no aeroporto e agora o vira no Maine. Não demora muito para que Zara encontre
rapidamente na escola dois amigos, dois paqueras e uma inimiga popular em
potencial como acontece de praxe na literatura YA.
A
narrativa é um pouco lenta e, do meu ponto de vista, um pouco arrastada em
alguns pontos com partes desnecessárias e diálogos vazios que em nada
acrescentam a trama. Para as coisas acontecerem mesmo, demora uns bons
capítulos. Outra coisa que me fez desgostar da narrativa foi a narração no
presente do indicativo demonstrando – para mim – um fato sucedendo o outro no
mesmo instante. Em minha cabeça, cada ação parecia uma martelada bem forte.
Também notei o uso recorrente de gírias e diminutivos no decorrer do livro,
tornando os diálogos um pouco irritantes. A forma como a autora faz Zara
descrever Megan (a inimiga em potencial) também foi um pouco estranha também
para mim, como no trecho da página 100.
“Ergo minhas sobrancelhas e começo a me perguntar como, mas Megan vem se aproximando, toda sorrateira, toda sexy em seus shortinhos e com sua blusinha com tiras finíssimas. Tirinhas assim são uma violação do código de vestuário da escola, não que Megan se importe com isso. É bem óbvio que o Treinador Walsh não está nem aí pra isso também.”
Deixando isso de lado, nos deparamos que o possível perseguidor de Zara deixa um rastro de pó brilhante dourado. Intrigante ou não, o fato é que a autora nos traz uma nova criatura que nunca pensamos temer e, de certa forma, preciso confessar que não me convenceu a ter medo ainda. Se o livro tomasse outro rumo e a criatura fosse mais interessante (para não dizer cruel), ficaria mais legal. A resposta que a autora nos oferece não me satisfez.
Instintos
Cruéis pecou na hora da resolução dos mistérios, quando você pensa que a coisa
vai engrenar, o livro termina. Se esse livro fosse algo de comer, eu diria que
faltou tempero.
Agora
quanto a capa, vou dizer o mesmo que disse no caderninho que tem acompanhado o
booktour: A editora Underworld tem capas
impecáveis e contra-capas lindas da mesma forma, a parte de desing é realmente irreprochável.
Porém encontrei alguns errinhos de revisão, mas isso acontece em várias
editoras, não? Eles também estão marcados no caderninho. Eu sei que a maior
parte dos livros agora está usando aspas no lugar dos antiquados travessões,
mas como digo: “Se o novo é bom, o antigo é melhor”. O Travessão marca melhor o início do diálogo,
as aspas às vezes confundem os olhos do leitor, pelo menos os meus.
E antes que eu me esqueça: aqui quem fala é a Jú, não, eu não morri e nem estou completamente de volta. Até as coisas se desenrolarem na minha vida, vou continuar meio ausente, mas o blog está em mãos muito competentes.
E antes que eu me esqueça: aqui quem fala é a Jú, não, eu não morri e nem estou completamente de volta. Até as coisas se desenrolarem na minha vida, vou continuar meio ausente, mas o blog está em mãos muito competentes.
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