Título Original: "The Hitchhiker's Guide of Galaxy".
Autor: Douglas Adams.
Número de Páginas: 208 .
Ano: 2009.
Editora: Sextante.
Edição: 1ª Edição.
Tradutor: Paulo Fernando Henriques Britto e Carlos Irineu da Costa.
Edição: 1ª Edição.
Tradutor: Paulo Fernando Henriques Britto e Carlos Irineu da Costa.
Falar sobre a trilogia de cinco livros (isso mesmo, trilogia de cinco) escrita por Douglas Adams é sempre fascinante, especialmente para mim e confesso que sou um pouco suspeita para comentar a respeito, uma vez que esta é a minha "série" favorita. Antes que eu prossiga com a resenha, tenham certeza que estão a postos e com suas toalhas em mãos. Afinal, com este livro aprendemos também que tudo o que vamos precisar quando o mundo acabar será apenas uma toalha, por isso nunca esqueça onde deixou a sua. Mas falaremos disso mais tarde, afinal ainda nos restam ainda alguns minutos antes que o Planeta Terra seja destruído, certo?
É assim que a história de Arthur Dent começa. Certo, não exatamente assim, vamos fazer isso corretamente.
"O Guia do Mochileiro das Galáxias" é o primeiro volume da trilogia de cinco, os volumes que o seguem são respectivamente: "O Restaurante no fim do Universo", "A vida, o universo e tudo o mais", "Até mais, e obrigado pelos peixes" e "Praticamente Inofensiva. Todos estes cinco livros foram escritos por Douglas Adams. Vale ressaltar que há um sexto livro, mas este fora escrito por outro autor, falaremos disso no final desta postagem.
Também vale lembrar que, inicialmente, a série "O Guia do Mochileiro das Galáxias" era um programa de rádio transmitido pela emissora de rádio britânica BBC. A história inicia mostrando como Arthur Dent, um típico inglês apreciador de chás e possuidor de um azar imensurável, tem sua vida completamente modificada em uma reles manhã. Afinal, não é todo o dia que perdemos nossa casa, nosso planeta e ainda por cima descobrimos que nosso melhor amigo é um alienígena, não é?
Assim como foi planejado derrubar a casa de Arthur para a construção de um desvio, de uma rodovia o Planeta Terra também seria destruído para a construção de uma via intergalática por uma das raças mais detestáveis e burocráticas do universo: Os Vogons. Não que eles sejam maus, até porque não teriam inteligência para tanto. Apenas são insensíveis, cruéis e não tem aptidão alguma para escrever poesias (é a terceira pior do universo), como o próprio Guia diz. Bem, e é justamente em uma nave Vogon que Arthur e Ford pegam carona, com suas respectivas toalhas - é claro. Dessa forma iniciamos a nossa aventura através do universo. Um pouco mais a frente, neste mesmo livro, conhecemos também Tricia McMillian (Trillian), Zaphod Beeblebrox e Marvin. Personagens quais nos cativam de imediato. É impossível ler este livro sem exprimir um único sorriso.
As situações criadas pelo autor são inacreditáveis, digamos assim. O humor ácido de Adam está presente em cada linha do livro e as metáforas que utiliza para expressar suas críticas, ao mesmo tempo que extraordinárias, são hilárias. As personalidades dos personagens estão sempre em contraste e são muito bem desenvolvidas. Adams conseguiu utilizar o nosso universo, nossa rotina e tudo o mais de uma forma completamente revolucionária. Eu acho que poderíamos dizer que "O Guia do Mochileiro das Galáxias" é uma paródia ao nosso cotidiano, aliás, o livro mostra isso muito bem.
Não entendo porque o livro é classificado como infanto-juvenil uma vez que é preciso algum grau de maturidade para compreender tudo o que o autor quis passar com a história. Não arrisco dizer que compreendi tudo que Adams escreveu e nem posso dizer com certeza que consegui encontrar todas as reflexões que o livro quis passar, uma vez que cada um encara uma história de uma maneira diferenciada, dependendo sempre do momento em que se encontram. Porém, ainda acho que o livro não será tão fascinante para quem não consiga compreender um pouco que seja as reflexões que Adams faz sobre sociedade em que vivemos, a política, a religião, a vida e tudo o mais.
A escrita de Adams não é tão complexa, mas vale lembrar o livro, de certa forma, tem seu próprio vocabulário, mas geralmente as palavras são explicadas no rodapé e não é difícil acompanhar.
"O Guia" é com certeza uma das obras mais geniais que já li porque o livro não só entretém e diverte, como nos faz pensar em diversas questões do nosso cotidiano sem se tornar cansativo, moralista ou sequer parecido com o gênero auto-ajuda. Eu recomendaria para todas todas as idades, apesar de ainda achar que nem sempre os "menos experientes" (por assim dizer) irão compreender o verdadeiro valor desta obra.
Curiosidade: há um filme sobre este livro, mas a adaptação cinematográfica não chega aos pés do livro, como de praxe. E vale lembrar que dia 25 de Maio é o dia da toalha e nesse dia todos os fãs da "trilogia" carregam consigo suas toalhas onde quer que vão.
Adams infelizmente faleceu em 2001, mas apesar disso há uma continuação, escrita pelo autor de Artemis Fowl - Eoin Colfer - chamada "And Another Thing..." . Parece ser bem interessante, espero lê-lo em breve.
Sinopse:A acidental associação de Arthur Dent com aquele livro "O Guia do Mochileiro da Galáxias" não foi inteiramente acidente. Arthur tem viajado o comprido, largo, profundo e desconhecido, espaço. "And another thing" ("E outra coisa...") é a sexta parte da série "O Guia do Mochileiro das Galáxias" Apresenta-nos um panteão de deuses desempregados , o presidente galático
2 comentários:
Gostei da resenha, já pretendia ler a "trilogia", agora ainda mais :D
Encontrei esse seu site através do "Leitora da Depressão" lá no face, e imediatamente busquei pelo Guia (também minha série favorita).
Já li cada livro no mínimo 3 vezes e, ainda assim, descubro novas coisas, entendo melhor outras, e teve pontos que percebi somente lendo comentários de outras pessoas, ainda.
Acho fantástico o modo com o qual o DNA satiriza o ser humano sem, como você citou, ser cansativo e tal. E provavelmente deve fazer você pensar mais do que se fosse um livro moralista, por exemplo, justamente por fazer de um modo mais sutil e cômico.
Outro aspecto fascinante que penso é o fato do DNA ter dito ser ateu, mas as cinco obras tratam da questão "Deus" (ou melhor, tratam da questão "algo reger o Universo") sem tomar um partido; não se sabe se é mesmo insinuado Deus ou se são puramente coincidências.
Também não entendo como é considerado um livro infanto-juvenil (vai ver viram só o título do 1º volume e já julgaram hahaha). Li pela primeira vez aos 15 anos e, embora tivesse entendido muitas coisas, ainda precisava "afiar" a mim mesma para conseguir entender outras tantas (se é que ficou claro o que tentei dizer aqui).
Eu altamente recomendo que ninguém veja o filme antes de ler os livros. [SPOILER] Fiquei decepcionada com o fato da 2ª metade ser inventada e - pior ainda para mim - ter um romance totalmente fora daquilo que se encontra nos livros. [/SPOILER]
Quanto ao livro escrito pelo Eoin Colfer, só consegui ler metade. Eu, particularmente, não simpatizei com seu estilo de escrita, assim como com o rumo que a história tomou. Me senti numa ("boa") obrigação de ler, só para completar a trilogia de cinco com esse "apêndice", mas ainda tenho que me forçar pra ler o que falta... Mas queria saber a opinião de outros mochileiros que também leram.
Por fim, fiquei feliz em encontrar uma boa resenha e escrita num bom português!
Não se esqueçam de suas toalhas e DON'T PANIC!
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