Li este livro faz algum tempo e comprei-o diretamente das mãos do autor na bienal que aconteceu aqui no Rio de Janeiro no ano passado. Acho que devo começar essa resenha falando que criticar essa obra é bastante complicado, não por causa do livro em si, mas por causa dos fãs. Resenhas negativas deste livro foram pior recebidas que resenhas negativas do "livro do momento" Crepúsculo. Tanto foi a confusão por causa disso que algumas pessoas que tiveram uma opinião negativa sobre o livro e comentaram em suas resenhas no Skoob, receberam ofensas e foram até "perseguidas" dentro do site, em consequência disso, chegaram até a excluir suas resenhas sobre o livro para evitarem a confusão. Polêmicas à parte, estou eu aqui para registrar nesse blog a minha opinião sobre o livro.
Ao que parece, "Um Mundo Perfeito" é um daqueles livros que ou se ama ou se odeia. Porém, como sabem, tento ao máximo ser imparcial nas resenhas que posto aqui.
"Um Mundo Perfeito" traz uma proposta interessante para um enredo de suspense instigante, mas não é exatamente isso que acontece. Conta a história dos 207 moradores da ilha de Pedra Luz que misteriosamente desapareceram da noite para o dia. A cidade é encontrada deserta, a não ser pela presença de uma criatura terrível rondando os céus da ilha.
Basicamente, é assim que começa esta história. Um começo bastante intrigante, certo? Mas com o decorrer dos fatos, a história vai se perdendo pouco a pouco e o suspense também. Pelo menos não se manteve para mim, porque assim que li a sinopse e vi a capa, adivinhei sobre o que seria mais ou menos o livro e foi justamente por isso que o comprei, porque a temática da história me agradava, porém, nem a temática foi motivo suficiente para me manter ansiosa até o término do livro. Para falar a verdade, passei uns três ou quatro meses sem lê-lo porque perdi a vontade.
Mas, enfim, é um livro regular. Algumas passagens e elementos me pareceram muito exagerados e algumas partes pareceram que estavam ali apenas para encher o livro de páginas, pois não tinham relevância alguma. Pareceu-me que o autor teve muitas ideias e tentou usar todas (ou a maioria delas), posso estar errada, obviamente. Contudo, a mistura não ficou tão boa, eu - particularmente - não gostei. Acho que ele poderia ter desenvolvido melhor uma história só e apenas abordar as outras. A tensão, pelo menos pra mim, só apareceu no livro lá perto do final que, aliás, cheirou a "auto-ajuda". Achei algumas explicações desnecessárias, pois era tudo muito óbvio o tempo todo. Mas ainda há partes que são muito boas, como o capítulo do menino-melão (leiam para saber), foi realmente poética a forma que o autor descreveu os pensamentos e sentimentos do menino. Sendo o primeiro livro do autor, acho que vale à pena relevar os deslizes; porém, eu não recomendaria para os fãs de livros de terror e suspense mais complexos, aliás, para qualquer leitor que curta uma ficção mais complexa e inteligente, principalmente se não curtirem finais no estilo de auto-ajuda.
Em suma, o livro tem a intenção de mostrar que precisamos aceitar a nossa vida como ela é e aceitar nossos defeitos. Em “um mundo perfeito” tudo rapidamente se transmuta em imperfeito e em terror para aqueles que tiveram seus desejos realizados. Basicamente, os desejos realizados se transformam tão logo em maldições. Eu gostaria de falar mais, porém, tenho receio de acabar falando algum spoiler.
1 comentários:
nossa gostei é bom de mais viss amei mesmo
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