Eu ♥ NANs - Especial

Antes de tudo, unicórnios, aqui é a Ren. Sim, eu sei que os posts sobre NAN é da Pat, mas como esse de hoje é especial e me envolve, eu vou penetrar o assunto em vocês.

Se você é um autor que posta as suas histórias no orkut, deve ter ouvido falar da "Sociedade NAN". Tudo começou quando um scrap me foi enviado, falando de uma reunião de autores dia x horário y. Foi criado um msn de grupo, eu adicionei e fui ver o que era. Daí surgiu a Sociedade NAN, que eu autorizei a utilização do termo NAN. Estava tudo bem, até dois dias atrás, quando eu recebi um scrap falando da mudança do nome do grupo. Infelizmente, a pessoa que postou o scrap, o deletou, então eu não tenho prova do que ela quis dizer, mas o motivo, de acordo com o scrap, para a mudança do nome foi que o termo NAN era, algo como, "para histórias em ambientes brasileiros". Ou pelo menos, foi isso o que eu entendi. 

Claro que como criadora do NAN, eu fiquei indignada e fui correr atrás de explicações. No grupo de msn deles não me explicaram nada de concreto, então eu saí. Minutos depois, um amigo meu, o Palas, me contou que houve uma crítica por parte de um membro do grupo.

O que a "Presidenta" não esperava é que 'akela vaca' (palavras dela) fosse minha amiga e que ela me encaminhou o e-mail com a crítica. Essa "crítica" é esse post, então leiam e me digam o real motivo para a mudança do nome do Grupo porque até o momento, eu não entendi. 



Ps: Se vale algo, ao me encaminhar o e-mail com a crítica, a Pat me mandou também toda a conversa com a Presidenta, em que ela elogiava a atitude da Pat em fazer a postagem sobre o Grupo, antes de lê-la, e a 'detona' no msn comigo. Vai saber.


"NAN é um termo criado por Ren Deville.".



Eu não acredito em críticas destrutivas. Penso que quem escreve críticas assim é porque antes fora destruído, e busca fazer isto ao próximo. Eu acredito que críticas nos fortalecem, nos fazer ser seres humanos melhores, olhar para o passado e reconhecer nossos erros. É por isso que pensei em começar o especial com a crítica.

Minha primeira crítica foi a decepção. Quando Pamella Santos (autora de Trilogia Flynx) me contou sobre a Sociedade NAN, enlouqueci de felicidade. "Sim, é disso que precisamos. Vamos valorizar nossos autores brasileiríssimos, vamos mostrar ao mundo e ao Brasil quem são os Novos Autores Nacionais". Voei para o Orkut, procurando a comunidade e... Decepção quase à primeira vista.

Vejamos.

Quando ouço "NAN", ouço Novos Autores Nacionais. Ouço o prazer de ser brasileiro, de ser um "autor" brasileiro, de mostrar ao próprio povo quem são... E então me deparo com a criadora, a mentora, a presidenta da Sociedade com um nome em inglês em seu perfil no Orkut. O inglês é uma língua linda. É globalizada, é divulgada nos quatro cantos da Terra (e sei que logo conquistará Marte -q). Mas você é um Novo Autor Nacional. Sua vida são as letras, as palavras, as frases, as prosas, os versos... em português. Porque, se você é um NAN, supõe-se que seja brasileiro, ou não?

Não é a primeira vez que vejo isto, no Orkut ou nos blogs ou até mesmo em livros impressos. Por exemplo, minha maior decepção literária escreveu um livro se passando nos EUA, com personagens dos EUA, com nomes dos EUA, com cultura dos EUA, com... tudo dos EUA. Depois ela disse, Eu odeio o Brasil. E adivinha? Seus livros já foram publicados em duas editoras brasileiras. Palmas.

Quero dizer, qual é a mensagem que você passa para o leitor quando enfia os EUA no seu livro? Que os EUA é melhor que o Brasil. E se os EUA é melhor que o Brasil... Os autores de lá são melhores, não são? Seguindo essa lógica ainda, por que eu prestigiaria um livro "nacional" se o próprio autor do livro diz que os EUA é melhor?

Não é só a presidenta que possui nome em inglês ali. Uma amiga minha (acho que depois desse post não vai ser mais amiga o.o) apresenta o nome de uma personagem de uma série americana em seu profile do Orkut. E muitos outros autores.

Então, minha crítica principal, é essa hipocrisia. Se você se considera um Novo Autor Nacional, supõe-se que você seja patriota, que tenha orgulho da sua terra-mãe, que não tenha medo de dizer que é Nacional. Que é Brasileiro.

Mas então temos outra questão. Minha crítica aqui não é contra o estrangeirismo. Porque não teríamos nem nome. Meu nome é latim, meu sobrenome espanhol, meu outro sobrenome português... E aí? Minha crítica aqui é contra essa mania de usar palavras em inglês porque são melhores que em português, segundo o que me dizem. E acho que em um Movimento NAN, um movimento que vou lutar com unhas e dentes para que alcance o céu (momento Enderson Rafael), não pode começar assim, com o pé esquerdo.

Eu sei que muitos estão pensando, Ah, cale a boca, comunista. Ou, Que vadia, se não gosta como tá, faça melhor. Mas se alguém estiver pensando, É, quem acha que o Brasil merece ser valorizado pelos seus próprios autores antes dos seus leitores, ganha um pirulito (cobrem da chefa Julliana Monteiro).

Meu apelo aqui nessa crítica não vai só para a presidenta do Sociedade NAN, ou para suas moderadoras, ou para seus integrantes. Vai para autores e leitores Brasil afora. Antes de dizer que brasileiros não gostam de livros brasileiros, olhem para si mesmos e se perguntem, Você gosta do Brasil? (Brasil: ame-o ou deixe-o, momento ditadura da minha postagem -NNN).


Minha segunda crítica foi o orgulho. O orgulho de abrir a página no Orkut e ler que o termo NAN foi criado pela Ren Deville. Cansei de ver NAN mundo afora sem créditos. Aplaudo de pé (finjam que estou de pé -q) a iniciativa da presidenta de colocar os devidos créditos a também Nova Autor Nacional Ren Deville. Em minhas postagens, lá em cima em negrito, há sempre o nome dela lá, gritando pro mundo que ela é a criadora da sigla. Pedi permissão a ela para usar o nome quando entrei para a equipe do Eu <3 Livros e nunca deixei de lembrar aos leitores que a criação é dela (reclamações com ela também, ok, não deem uma de Walter Tierno e me culpem por tudo HAHA).


Obviamente, penso que um twitter deve ser feito, um blog, várias imagens e banners, mas vocês começaram MUITO bem pelo Orkut, de coração, cara!

"Ser um NAN é bater no peito e não ter medo de gritar que é nacional. É criar um mundo paralelo em suas letras, mas nunca esquecer que o mundo onde habitamos precisa de nós para ser um lugar melhor. É num simples roçar do lápis no papel, abrir dimensões nunca imaginadas, construir prosas invioláveis e mostrar ao Brasil o que é ser brasileiro." Patrícia Camargo.

xx

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