Eu ♥ Resenhas: Paganus

Nome da Obra: Paganus

Autor: Simone O. Marques

Editora: APED / Selo Alcantis

Edição:

Ano da Lançamento: 2011

Número de Páginas: 372




"Portugal, 1673, duas mulheres celtas e um bebê recém-nascido enfrentam a perseguição da Igreja contra hereges pagãos. Obrigadas a deixar sua aldeia, ajudadas por um jovem cristão, partem em busca de um lugar onde possam cultuar seus deuses livremente. Em meio a sua fuga, descobrem que a Grande Mãe tem uma missão para eles e que levará a lugares inesperados e uma desconhecida terra nova."  

Vou começar a resenha desse livro falando sobre a capa belíssima do André Siqueira, que mais uma vez vem me deixar de queixo caído com suas obras de arte. Foi uma bela escolha, a da Simone, porque quado nos deparamos com o trabalho do André, sabemos do que ele é capaz. Ele realmente lê a mente do autor e traduz... Já ouvi isso de uma amiga também. Logo, não sou só eu que deixo aqui expressa a minha admiração pelo rapaz.

Agora vamos a Paganus, sempre tive curiosidade sobre os textos da Simone. Já ouvi falar muito dela, e sempre bem, mas nunca tive a oportunidade lê-la. Todavia, nesse aniversário ganhei de uma amiga o primeiro livro dessa saga. Sim, o que você precisa saber primeiro é que Paganus é o inicio de uma história, depois dele ainda teremos Triskle, Tribo de Dana e Era de Aquário. E, certamente muita emoção, ação e contextualização histórica.

Nessa primeira parte da história, onde se fundamenta as raízes dos personagens, temos os Couto, uma família tradicional portuguesa, criada nos mais profundos preceitos cristãos, que irão ser desvendados aos poucos diante dos olhos do leitor conforme a história se denserola. Não se engane, quando logo de início, a Simone nos coloca em meio a um drama familiar intenso, digno dos maiores escritores que já li. Pois é justamente essa facilidade dela em nos testar os nervos, que também nos obriga a seguir suas linhas sem questionar. Eu simplesmente não queria parar ali, fechar o livro e dar-me por satisfeita justamente naquele ponto... Eu queria saber aonde as personalidades controversas dos gêmeos Douglas e Diogo (ai ai... Ele é meu e da Adele... "risos" - descontrai) nos levaria, porque eu tinha certeza que em cada detalhe daquelas duas crianças ia ter o gancho para o que aconteceria depois, fosse lá o que fosse. E isso só aumentou minha curiosidade...

Então, ela nos pinta um quadro grandioso da Inquisição. Os valores cristãos confrontados pelos pagãos. A alma bulinada daqueles que só entendiam a natureza, pelos dedos impregnados de retóricas dos que traziam a verdade e a justiça... Mas de quem? Que Deus desejaria tal atentado ao seu semelhante, aquele a quem criou a sua imagem? Deus não estava ali - Eu e Diogo quase esbravejamos. E em meio a isso, ela transformou o meu menino Diogo, criado na e para a corte, num homem tão intenso. Num personagem que eu vi crescer e amadurecer. Vi tomar a vida nas mãos e decisões que mudariam seu destino e de outros. Eu o vi lutar pelo que ele queria e me orgulhei dessa vitória, do seu caráter tão bem construído. Eu amei Adele junto com ele, me rendi á feiticeira pagã de cabelos vermelhos, que ardiam como fogo sob o sol. Eu quis pisar a grama e me sentir parte da água, do ar, da terra e do fogo. E me emocionei com a pequena Daniele, com a firmeza e maturidade de Gleide. Odiei Douglas com toda minha força, assim como Dom Francisco...

Eu passei pelos anos junto com eles, vi o pequeno Angus nascer, coroar o amor lindo que uma pequena chama pode impor à palha dourada. Eu descobri que, na verdade, eu amei a Simone na primeira letra. Ela me fez sorrir com a mesma intensidade que me fez chorar; que me fez temer pela vida e a sorte daqueles personagens que, por minutos e horas, foram minha família. E ainda o são, porque preciso saber do destino de Daniele e Antônio.

Jamais me arrependerei de dizer que estamos diante de uma excelente escritora. talvez um dos nossos expoentes nesse século. Infelizmente, meu grito não é tão alto que todos possam ouvir, mas escrever com a grandeza e a beleza que a Simone faz, não é para muitos. Presto aqui minha homenagem á autora. Acho até que demorei demais para te ler.      

Nem preciso dizer que o livro é recomendadíssimo, e minha parte predileta do mesmo é um spoiller que acabaria com a metade do sonho de concuma de várias donzelas casadoiras... por isso deixo registrado aqui um momento bonito: 
 
- Conseguiste, Adele - falou com o braço entorno dos ombros dela. - A nova terra para cumprires a sua missão...

Que venha o Brasil, as terras longínquas... A Simone e suas letras! O mar já se abriu para nós, para Dani... sob os desígnios da Deusa!

Merry Meet!

Roxane Norris 

3 comentários:

Leitoras Anônimas disse...

Nossa, depois dessa resenha é impossível não ficar curiosa para decobrir a narrativa da Simone! Mas eu me interessei também porque gosto de tramas que se passam na época da inquisição, pois elas sempre nos trazem alguns questionamentos que querendo ou não fazem bem para a cabeça, rs!

Adoreii, quero ler *--*

Abraços,
http://leitorasanonimas.com

Blog - Eu Amo Livros disse...

Nossa, digo eu, flor!
Se você gosta deste tipo de romance, vai amar Paganus! Ao mesmo tempo que ele é leve, por ser de fácil entendimento, ele é profundo, visto as relações familiares e socias que aborda. Tenho certeza de que você vai gostar, espero trazer em breve um exemplar para sortear aqui!
Beijokas

Isabela disse...

Lindo!!! Amei a resenha e estou curiosissima para ler Paganus agora!! Com certeza vou participar dos dias de promoção para Paganus!

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