Primeiras Impressões #2

Halo

Escrito  por: Alexandra Adornetto

Como sabem, "Halo" será lançado entre esse mês e o meado de Outubro pela Editora Agir, como já disse aqui no blog anteriormente quando falei sobre a capa brasileira desta obra. E, bem, naquela postagem disse que leria os primeiros capítulos disponíveis e daria a minha opinião quanto a isso. Pois bem, cá estou.

Tenho de admitir que não esperava muito de "Halo", mas desde que terminei de ler os dois primeiros capítulos disponíveis, estou bastante surpreendida. Nesses dois primeiros capítulos, nos é apresentado as primeiras experiências Bethany aqui na Terra, acompanhada por, Ivy e Gabriel, anjos mais experientes e que já estão acostumados com a natureza dos sentidos humanos. Já para Bethany, tudo é novo e incrível demais. Como a própria diz num trecho:

"Era como de uma só vez passar de um vazio estático a uma montanha-russa de sensações."

 E Bethany já demonstra grandes interesses pelas sensações humanas, aliás, pelos humanos no geral. Isso a deixa insegura e temerosa com o seu futuro no decorrer da missão. Bethany, basicamente, tem medo de se deixar seduzir pelas indulgências humanas como nas histórias que ouviu falar sobre alguns anjos que caíram.

Não devo dizer que é uma forma nova de escrever sobre anjos, porque, se me lembro bem,  no filme "A Cidade dos Anjos", Nicolas Cage passa por uma situação parecida, aliás, filme que foi inspirado num filme alemão chamado "Der Himmel über Berlin" (Asas do Desejo aqui no Brasil). Nesse filme, mostra o ponto de vista dos anjos. Eles não vêem cores (de tanto que o começo do filme é em preto e branco) e nem tem sensações. Porém, aos poucos esse anjo vai se encantando com uma trapezista e para ficar ao lado dela, o anjo abandona a sua imortalidade. Quando isso acontece, notamos que o filme torna-se colorido e com a interpretação incrível de Bruno Ganz vemos o ex-anjo (ou devo dizer anjo caído?) sentindo todas as sensações humanas de uma forma absolutamente curiosa, mesmo na dor, ele sorri e se encanta com a sua nova capacidade de sentir as coisas.

E é dessa sensação incrível que nos é mostrada no começo de "Halo", apesar dos anjos - nesse livro - não precisarem abdicar a sua imortalidade para "ficar" entre os humanos, uma vez que recebem corpos físicos para tal missão, ainda assim eles não devem se envolver ou se apegar ao mundo terreno, já que estão só de passagem. Bem, eu não costumo ler muitos livros sobre anjos ainda mais YA Books, mas de certa forma gostei de como essa história começou, creio que poderei gostar ainda mais da continuação.

"Halo" também traz um diferencial: a criatura sobrenatural é feminina, diferente da maioria dos outros livros em que uma criatura sobrenatural masculina se apaixona por uma reles humana sem sal. Além do mais Bethany é uma personagem cativante e um anjo terrivelmente humano, se me permitem dizer, sofre dos males da insegurança, é ingênua e curiosa. Bethany é consciente da sua fraqueza, mas apesar disso, não quer se mostrar fraca aos seus superiores então dá o máximo de si para não falhar. Gostei dela porque ela não é feita só de defeitos (ou só de qualidades), Bethany possuí ambos equilibradamente. Afinal, ela ainda é um anjo mais novo, sensível as sensações e ainda não sabe como lidar com as coisas humanas, uma vez que não é experiente como seus irmãos, mas não fica se lamentando por ser como é, ao contrário, se esforça para melhorar. Acho isso interessante, porque difere das personagens que só fazem reclamar em vez de agir, melancólicas e apáticas que encontramos livros a fora.

Ainda não terminei de ler "Halo", mas acredito que será uma boa leitura. Agora só me resta esperar para comprar o livro e terminá-lo e quando isso acontecer, postarei aqui uma resenha especial para vocês.