Eu ♥ Resenhas: Formaturas Infernais




Título Original: Prom Nights From Hell.
Autoras: Meg Cabot, Stephenie Meyer, Michele Jaffe, Kim Harrison e Lauren Myracle.
Ano:
 2009.
Número de Páginas:
 318.
Editora:
 Galera Record.
Edição:
 1ª Edição.








Formaturas infernais, esse é o tema não é? Bem, a capa do livro é indubitavelmente uma das mais bonitas e intrigantes que eu já vi apesar de que quando nossos olhos recaem sobre as autoras que participam desta ilustre antologia um calafrio temeroso nos sobe a espinha.  Meu primeiro pensamento foi: Será que conseguiram fazer contos bons de terror?

Bem queridas e queridos amigos, leitores, vampiros, imortais e Lady GaGas, a resposta obviamente não poderia ser outra: não. Os contos são açucarados e repletos de romancezinhos adolescentes com o sobrenatural envolvido. Tensão? Sangue? Terror? Mistério? Suspense? Desista de encontrar nesse livro. Para não parecer injusta, o único conto que conseguiu transmitir um pouco do misticismo e a atmosfera de algo relativamente infernal foi o conto do Buquê de Lauren Myracle (que realmente foi um milagre visto que os contos anteriores são intragáveis). Se há uma estrela pontuada aqui com toda a certeza é em homenagem a ela que em meio há tanto desperdício de papel e idéias conseguiu bolar um conto interessante.

Minha maior decepção no livro certamente foi Meg Cabot porque é uma das que tem mais nome no livro e o conto dela é de longe um dos piores e sem embasamento nenhum para o romance. Tinha tudo para dar certo, mas desandou bastante. Eu tive a impressão de estar lendo uma Fanfiction mal estruturada e de uma escritora sem nenhuma experiência. Os pontos de vista ficavam se alternando enquanto poderiam ser englobados em 3ª pessoa com um narrador observador. Fora que o relacionamento acontece de uma forma muito rápida, além de o menino aceitar muito rapidamente e bem o mundo sobrenatural. O conto parece corrido e tudo acontece rápido demais, tornando as coisas mal desenvolvidas, especialmente o mito envolvendo Vampiros e Caçadores.

O conto de Lauren Myracle, como já disse, foi o melhor que li no livro. A protagonista não é lá a das mais inteligentes, mas a proposta do conto não é ter uma protagonista muito esperta ou forte mesmo, sejamos sinceras. Os elementos como a vidente e a tempestade certamente deram um tempero a trama. O final ficou um tanto em aberto demais e meio esquisito. Foi rápido, é difícil explicar. Foi um movimento ágil da personagem que eu não consegui acompanhar muito bem, mas apesar de tudo, a temática foi um pouco mais respeitada.

O de Kim Harrison foi interessante a maneira como ela criou o enredo. Lembrou-me um pouco das histórias japonesas em mangás shoujo, mas é relativamente divertido. A briga entre os dois ceifadores brancos (Barnabas e Lucy) me lembrou um pouco um mangá chamado "Full Moon wo Sagashite", enfim...Talvez por isso eu não tenha achado tão original, e, putz! Entrar num carro de um estranho, ela é doida, estúpida ou o quê? Ela tinha acabado de fazer 17 anos. "Olá! Você já deveria ter um cérebro, não?" foi o que eu repeti para a Madison várias vezes mentalmente. Aliás, o que achei interessante, foi o nome do ceifador negro ser Seth, que é o nome do deus egípcio do caos, da inveja, etc. Um conto interessante, porém longo demais para um final tão em aberto.

Já o conto da Michele Jaffe não tem nada de infernal, a não ser que consideremos a escrita dela como fator acusativo (ou a tradução que tenho aqui é uma porcaria). 

"Ele sorriu para ela, diretamente nos olhos dela, e os joelhos dela ficaram fracos e a mente dela começou a montar situações envolvendo ele sem sua camisa mas com um jarro de xarope de bordo e uma grande – “Bem, lá está a minha senhora,” ele disse. “Te vejo por aí.” E então foi embora."

Vai dizer que isso não é uma ofensa visual? É cansativo. Bem, eu tentei ir até o fim, juro que tentei. Mas não dá. Sinto muito mais pulei esse conto, chato e confuso demais. D-E-M-A-I-S.

Como sabem, eu detesto Stephenie Meyer e sua escrita, tentei ler até o máximo que pude. Mas quando ela comparou o verde do ponche a bílis (sim, aquela coisa verde que fica no fígado) não teve estômago ou cérebro que agüentasse aquilo. Acho que o mínimo que escritoras de nome (e isso infelizmente inclui ela por causa do seu Best-Seller Crepúsculo) é conseguir criar descrições decentes e histórias adequadas a trama. Não sabe criar clima de terror/suspense? Não escreva, apenas. Fique na sua área que você ganha muito mais.

No geral, achei o livro muito cansativo, alguns contos são exageradamente longos. Pelo menos me pareceram assim. O único conto que valeu realmente ler foi o do Buquê (Lauren). Porque o resto... Apenas cansativo e repetitivo. SE eu terminar de ler os dois últimos algum dia, eu crio uma nova postagem só com os dois, mas creio que seja difícil de acontecer, pelo menos nessa vida.


8 comentários:

Kamile Girão disse...

Engraçado, pois o que eu menos gostei foi o buquê! oO Não porque a história não seja boa, mas porque achei que a autora pegou quase que inteiremente a ideia do conto "A Pata do Macaco", que serviu de embasamento. Se você for ler o conto vai ver que a autora seguiu a linha completamente e não inovou em nada. Se ela tivesse feito tipo as garotas da CLAMP, que, em, xXxHolic também usaram a ideia da pata de uma forma totalmente diferente, eu teria ficado quieta e poderia até vir a gostar. Mas do jeito que foi construido...
O que eu mais gostei foi o da Kim Harrison. O conto virou um livro que ainda não li, mas que já está nos meus arquivos para ser lido \o\
O da Meg Cabot eu fico quieta porque, né?
Também não curti em nada esse livro, Jull :/ Pelo menos, consegui vendê-lo, recuperar meu dinheiro e investir nas minhas dolls -QQQQQQQQQ
Beijos, sua linda!

Paula Penido disse...

HUAHUAHUAHAUAHUAHUAHUA Te entendo perfeitamente, Jull!

O único conto que eu gostei daí foi o da Kim Harrison, que deu origem aos livros da Madison Avery <3 Já li o primeiro, e comecei o segundo, mas abandonei porque não conseguia mais ler livro algum ):

thais alves disse...

O conto que eu mais gostei também foi O Buquê -- no alge dos meus 13 anos, o conto me fez ficar toda tensa "Oh Meu Deus!".(faz tempo que li, é perdoável!)

Lembro-me também que gostei de um conto chamado Salada Mista, acho que esse é o nome. Nem lembro quem escreveu.

Já o resto...eu amava Meg Cabot -- até hoje --, tava no ápice 'megcabotiano' da vida, mas achei o conto tão mamão-com-açúcar.

Não li o de Stephenie Meyer. Foi o único que não passei da primeira página. Tinha acabado de ler toda a série Crepúsculo e de-tes-ta-do.

Anônimo disse...

Kami, sério isso? Não li esse conto de A Pata do Macaco (depois vou procurar). O da Kim Harrison eu tava dando uma lida no livro, mas não me interessei muito porque a protagonista continua uma tapada e me lembrou muito o mangá. Só que o mangá é muito melhor HUAHAUAHUAHu. ):

E, ah, se isso for verdade quanto ao quase plágio desse conto, minhas estrelinhas para esse livro se apagaram de vez ):

Juliana disse...

Achei mal desenvolvido e aproveitado, o que no final forma um loop puro.

Lembro que na época de lançamento, era tipo que A Sensação Do Momento, sei lá o motivo. Meus amigos que tinham comentavam direto da Meyer, o que acabou me fazendo pensar que ela foi o que impulsionou a maioria. Claro que fiquei desconfiada logo de cara...

E então, todo mundo resolveu comprar e esfregar no meu nariz que eu não tinha.
Li e tenho todo o orgulho de dizer que realmente, não gastei dinheiro com isso. Lalala. ♥

O que mais me chamou atenção foi o da Kim Harrison, mas pelo mesmo motivo que o seu. Lembrou Full Moon.

Isabela disse...

Eu não li o livro. Mas se tem Setephenie Meyer no meio ja pode ver que coisa boa não vem daí. A grande surpresa e decepção vem da Cabot. Como assim?! Eu gosto tanto da série Diário da Princesa. Que decepção ela fazendo algo ruim e medíocre.

Só um Ps: Bílis não é verde, Bílis é mais pra amarelo do que verde, eu chamo aquela cor de Amarelo esvrdeado, vulgo cor de catarro. Agora comparar Bílis com algo verde é tenso!! u.u
Tinha que ser aquela pessoa...

Parabéns pela Resenha! Amo-te

Bebel ^_^V

Mariana B. Sampaio disse...

Você foi uma das pessoas mais curtas e grossas a falar desse livro! A maioria ficava floreando para descrever sua insatisfação... Gostei da sua, sem rodeios, e você explicou perfeitamente bem o porquê de não ter gostado!

Beijos

Mariana Sampaio
Blog Tijolinhos de Papel

Anônimo disse...

uma vez que odeio contos fantásticos como estes , voltados para o imaginário e talls ..
ameeei todos deste livro , por mais que sejam assim , nos faz querer sempre mais *-*

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