Eu ♥ Eventos & Entrevistas : Floriano Borba

Olá Divos!

 
Eu queria muito ter postado ontem essa entrevista, assim bem como ter mostrado o quanto foi gratificante tanto para o Floriano, essa noite de autógrafos, quanto para nós e a APED.

Acho que todos estávamos nervosos, mas tudo saiu perfeitamente a contento; aliás, mais do que isso... Passado o nervoso, foi só alegria e clics!!! Vocês vão ter a oportunidade de vê-los, porque uma coisa eu garanto, foi tudo feito com muito carinho pela Zélia de Oliveira, para que todos desfrutássemos de bons momentos, e bons momentos a gente grava para sempre, né?


Festa e confete á parte, o Floriano é uma pessoa ótima! Por isso mesmo eu quis trazer um pouquinho dele para vocês conhecerem aqui, nesse cantinho que é nosso e tem sempre coisa legal rolando!




Floriano Alves Borba formou-se em Odontologia em 1973, mas seu interesse maior sempre foi voltado para os assuntos ligados à filosofia, religião e a psiquê humana. Essa tendência levou o autor a se interessar pela Psicanálise. E, procurando suprir a necessidade de um conhecimento maior, busca agora a graduação em Psicologia. 

O aprofundamento na Psicologia o ajuda a respaldar algumas de suas opiniões, mas a graduação, mestrado ou doutorado não são vistos por ele como as coisas mais importantes. Vamos ver isso pelas prórpias palavras dele:



E.C.L: Eu penso que todo leitor sempre se pergunta onde começou o fio da trama do livro que está lendo. Dentro desse contexto e por sua obra abordar uma temática de busca do ser humano pelo seu próprio  entendimento e conscientização, erros e acertos, eu questiono: em que momento o Floriano pensou que devia se conhecer melhor e passar essa experiência a quem está do outro lado, ou seja, quem está te lendo e quem sabe, se reconhecendo nas suas linhas?

F.B: Eu tinha quinze anos e cheguei à conclusão que Deus existia. Tinha absoluta certeza. Então conversei com Deus. Tudo bem. Tu existes. Mas quem te criou? Daí começou uma busca para entender de onde Deus veio. Era preciso ter uma resposta satisfatória, pois eu via os homens de Ciência debocharem e os outros desacreditarem. Isso, porém, causava angústia em muitos ou uma crença mística, às vezes, sem embasamento. A incerteza da posição a tomar leva o homem a angústias enormes. O homem precisa estar de bem com sua crença, precisa estar de bem com Deus, mesmo que seja o não crer nele. Minhas conclusões sobre de onde Deus veio estão no livro O Cálice de Ouro à publicar. Meus livros visam tocar em feridas que angustiam o ser humano e as pessoas, em geral, não querem tocar nelas ou simplesmente não crêem nelas e, ao não pensar sobre o assunto, também não resolvem um monte de questiúnculas internas. Eu não tinha dúvidas, mas a dúvida dos outros, ou sua descrença, me angustiavam.




E.C.L: Você se formou em Odontologia, está numa faculdade de Psicologia, e agora, é escritor. Todos esses "Florianos" são um só, ou são vários na sua mente? E até que ponto um influencia o outro?

F.B: Na verdade é o mesmo Floriano de quinze anos, com a mesma angústia de esclarecer as dúvidas e que, claro, foi ajudado em sua formação pelo contato com os seres humanos no consultório, nos hospitais e no cotidiano. Toda a vivência resultou nisso que  sou hoje. Um garoto sonhador de quinze anos na mente e muitos mais no corpo.




E.C.L: A psiquê humana é uma coisa muito complexa, principalmente se a abordamos pela ótica da filosofia. Dentro do seu estudo, porque seus livros não deixam de ser um estudo daquilo você observou do ser humano na sua vida, em alguns pontos claro, metafórico, seria mais fácil desmistificar a psiquê humana ou mistificá-la? Por que certamente um caminho é mais fácil que o outro.



F.B:  A psique humana não é complexa, é simples. A manifestação dela é que é complexa. Ela é simples pois todos têm medos, angústias, todos sofrem, e sofrem muito porque cada um julga seu próprio sofrimento que, para ele, é sempre enorme, enquanto ele acha que o do outro não é tão grande quanto o dele e o outro ao inverso. Os seres humanos complicam tudo por não enfrentarem seus medos, sua fraquezas. Disfarçam, mentem, a si próprios e, não vivendo o que realmente são ou não tendo força para se tornarem o que desejariam ser, digladiam-se por dentro numa batalha sem fim, angustiando-se. Por isso em Os Amorais coloquei aquela citação: “Não odeie o teu inimigo, pois um dia você terá pena dele.” Ele é apenas mais um tolo que sofre como você.



E.C.L: Uma curiosidade, dentro do campo da psicanálise, que você agora está tendo a oportunidade de visualizar de dentro, já te ocorreu alguma nova trama para desafiar a sua astúcia em abordar o "eu" humano?

F.B: A Ciência não pode ser dogmática. A Ciência virou uma religião para se defender da tirania dogmática da religião, mas criou também os seus dogmas. Deus não existe ou o espírito não existe. Mas, enquanto Ciência, ela não pode exigir a prova da existência de Deus ou do espírito se ela não pode também provar o contrário. A Ciência precisa voltar a ser Ciência e investigar a fenomenologia psíquica sem preconceitos. Há muito ainda a ser descoberto. Ela não pode desconsiderar a crença das pessoas, por exemplo. Vejamos o caso da aura humana relatada pelos orientais e depois pelos médiuns espíritas e, posteriormente, comprovada pela fotografia Kirlian. Era uma vidência espiritual ou uma visão física superior como a audição dos cachorros a determinados sons? Alguém investigou isso até hoje? Não. Por quê? Porque a Ciência está dogmatizada, e não devia estar. É preciso ouvir os relatos dos pacientes sem preconceitos dogmáticos científicos. Quem sabe descobriremos algo de interessante?



E.C.L: É um ponto de vista a ser levado em considerção, sim. Eu creio que essa pergunta talvez pareça meio tendenciosa, mas é impossível não abordar o tema: como foi para você ter seus livros editados? Podemos esperar mais coisas boas dessa parceria com a APED?


 F.B: Eu estou satisfeito com a APED pelo profissionalismo, pela sensibilidade, pela paciência com um escritor novo, sempre solícitos em esclarecer, orientar, etc. Ter os livros editados, saber que alguns lerão o que estava preso dentro de mim, alivia um pouco a pressão interna que eu tinha. A perspectiva de desangustiar o próximo me traz alegria. Mas, se podem esperar mais coisas boas eu não sei. Podem esperar coisas, se serão boas julguem depois, não cabe a mim julgar o valor do que escrevo.




E.C.L: Antes de te agradecer o carinho e a boa vontade em me responder, eu queria te perguntar uma última coisinha: qual sua expectativa para a sua Noite de Autógrafos? 

F.B: Estou pronto para não me decepcionar se não aparecer a quantidade de pessoas que minha pretensão deseja ou não me envaidecer se aparecer mais do que eu penso que vai aparecer. Se aparecer a mais será, com certeza, pela caridade dos amigos. Um escritor tem que entender que o que ele escreve não é só dele. Ele é fruto do que leu, do que outros disseram, do que outros pensaram. Ele é o compilador, o tradutor das idéias de muitos. Uma ou outra coisa, lógico, é dele, mas ele, na verdade, é resultado de um todo. Gostaria, claro, que fosse o maior número possível de pessoas. Quanto mais as idéias forem difundidas mais minha angústia de tentar fazer entenderem o que eu entendi vai diminuir.


Obrigada Floriano por tudo, o blog Eu ♥ Livros deseja muito sucesso e felicidade na sua carreira!


Como vocês puderam notar, ele é ótimo, e sim, essa entrevista foi antes do evento pela maneira dele traduzir sua expectativa, também perceberam que ele está muito feliz nesse momento com a quantidade de amigos e leitores carinhoso que vieram abraçar e prestigiar esse trabalho lindo dele. Mesmo com calor, houve o refresco do cocktail da Travessa, que num ambiente aconchegante soube aproximar ainda mais todos que estavam ali, trouxe aquele sentimento de coisa boa para brincar na pele da gente... Trouxe a felicidade para brilhar nos olhos do Floriano e sua família. Trouxe o sucesso em forma de sorriso para a APED... Só nos resta desejar é que isso se repita muitas outras vezes, porque o que faz bem a alma, traz mais amor ao coração!



Galeria de Fotos:





 Zélia de Olveira(E), Roxane Norris(D), Floriano Borba(C)




 Floriano Borba autografando "O Dançarino"














A presença dos amigos coroando o evento

Felicidade á vista!


Eu não ia ficar de fora de um autógrafo, né?

TIM TIM, hoje é dia de comemorar!

Isso foi um flagra da D. Zélia, mas o importante é o sucesso!











Em breve volto com resenha dos "Amorais" para vocês! 
 
Obrigada a todos que vieram ler, a todos que nos prestigiaram!

Merry Meet!

Roxane Norris



     



 

1 comentários:

Pamela Moreno Santiago disse...

Bom dia.

Vim hoje divulgar um projeto de resenhas literárias, o qual mais duas pessoas participam, colaborando com diversas opiniões e visões de diferentes estilos literários.
Se quiser ir fazer uma visitinha e seguir, eu agradeço:

http://oleitor2.blogspot.com

Obrigada e espero você lá,

Pamela.

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