Eu ♥ Entrevistas: Camille Thomaz



 

Camille Thomaz, também conhecida como Miies e Camille Labanca, nasceu em 26 de Junho, no Rio. Estudante de Artes Visuais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, não sabe desenhar, nem pintar. Passa o tempo fotografando, escrevendo, dançando ou ouvindo música.
 
Futura editora, é a editora e idealizadora da revista eletrônica cultural chamada Innovative. Eterna apaixonada, adora uma comédia romântica e só comédia e só romance – mas também gosta de ação. Lê de tudo, mas prefere os bem vendidos livros mulherzinha, inspira-se neles de vez em quando e dá uma de senhora escritora. Como Agente Literária da APED, revela mais uma face sua.

"Costumo dizer que sou multiuso. Gosto de fazer mil coisas ao mesmo tempo, não tenho receio de ter muita responsabilidade e aprendo rápido. Gosto de me sentir, e ser, útil. Costumo terminar minhas descrições com a frase: 'Tem sempre uma idéia nova na cabeça.', por resumir a mais pura verdade."


E nossa entrevista começa exatamente aqui, tentando revelar mais um pouquinho das múltiplas faces dessa menina irrequieta!


E.C.L – Imaginário Feminino já tem obtido grande aceite pelos leitores, não só pela questão da capa, que é muito bonita e feita por André Siqueira, mas principalmente por todos conhecerem seu trabalho no mundo virtual, através da Revista Innovative.  Gostaria que você me dissesse em que momento a Camille Thomaz se desvencilhou de todas as outras, como você diz em seu site pessoal que há várias de você, e pontuou que agora estava na hora de escrever esse sucesso?

C.T: Na verdade, sempre existiu essa Camille Thomaz em separado. Não é como se ela fosse outra pessoa, mas sim uma pessoa que existe dentro da Camille Thomaz Labanca. Eu brinco meio falando sério dizendo que Camille Thomaz é meu lado escritora e sentimental, e que Camille Labanca é meu lado profissional. Resumidamente, a família Thomaz (da minha mãe) sempre foi muito criativa, até hoje eu fico abismada com as coisas que meu avô fazia, a pintura e desenho que meu tio faz e o jeito que Tio Luiz Paulo tinha com suas mil coisas incríveis ao mesmo tempo – poucos usaram seus talentos para ganhar algum dinheiro. Por outro lado, o lado Labanca sempre foi mais profissional, mais prático, sabe? Então existe a Camille que é uma mistura desses dois lados, e cada hora um fala mais alto. Escrever o Imaginário Feminino foi parte de um processo de gostar muito de escrever, principalmente contos porque são coisas que eu desenvolvo em razão de sentimentos e vivências, ou coisas que vem do nada à cabeça, masque se embolam e – pelo menos para mim – fazem total sentido.



E.C.L — Esse é seu primeiro romance e você o fez  dentro de um gênero que você não esconde que gosta muito – o Chick-Lit. Um gênero bem voltado para as leitoras mulheres. Você se julga muito feminista, ou mais feminina?

C.T: Eu sou muito crítica quando se trata de Chick Lit. Simplesmente amo a literatura, sou capaz de ver detalhezinhos que fazem toda diferença entre uma estória e outra, e, como pode se esperar, tenho complexo de príncipe encantado que não é nada encantado, mas que me encanta (rs). Todavia, não considero Imaginário Feminino um livro chick lit, nem de longe. Imaginário Feminino é um livro muito mais reflexivo e só vai entender, e gostar, pessoas que já se sentiram como a Larissa (a personagem) se sentiu, ou passou por algo semelhante. É para pensar e sentir, não para contar a história de uma mulher independente com um final feliz ao lado de um homem.
Ironicamente, não sou um exemplo de mulher feminina e, apesar de bater o pé em igualdade com os homens, não sou tão feminista assim. 


E.C.L — Vamos voltar à Camille menina. Ela sempre sonhou com esse mundo de letras? Em trabalhar com algo que o envolvesse como você agora, que já afirmou pretender ser editora? Seu livro publicado é uma parte desse sonho sendo realizado?

C.T: Camille menina quis ser muitas coisas. Quis ser veterinária, mesmo morrendo de medo de cachorros. Quis ser professora, e descobriu que é péssima explicando qualquer matéria. Quis ser psicóloga, mas... Enfim... O “mas” sempre esteve ali. No meio disso tudo já existia a Camille menina metida a escritora. Conheci pessoas através das velhas fan fics, desenvolvi minha escrita ali, recebi elogios e críticas e praticamente nunca coloquei meu nome em qualquer coisa que escrevi. Foi quando decidi fazer letras, lá pela sétima série, e quando perguntavam meu sonho eu falava: “entrar na Academia Brasileira de Letras”. Nunca quis parar de escrever, mas pensar como profissão foi algo muito difícil a princípio. Foi quando descobri o mundo da editoração e fui me apaixonando cada vez mais, até ter a certeza de que era pra isso que eu tinha nascido. Eu me interesso por todas as áreas de produção de um livro - pré, durante e pós – e o Roberto, a Zélia e o André notaram que toda hora eu queria saber como estava algo, o que faltava, o que tinha que ser feito, como estava sendo feito. Eu quis estar completamente incluída no processo de produção do meu livro.  Também por isso, além de ser meu primeiro livro a ser publicado, Imaginário Feminino é um sonho se tornando real. Significa muito para mim, em muitos aspectos.


E.C.L — Inevitável falar que você já entrou para a família APED, juntamente com seu livro, Imaginário Feminino. O que isso trouxe de realização a mais para você?

C.T: Nossa, eu sou extremamente grata à APED e a Alcantis. A Zélia e o Roberto me deram oportunidades incríveis de agir e pensar um mundo que eu quero entrar, quero fazer parte, e todo passo que dou é para tornar isso viável. A realização está no fato de ter acertado em algumas coisas, errado em tantas outras e ter a paciência deles para me explicar o que estava errado. Eu não tenho palavras para descrever, só que estou sinceramente grata. Disse uma vez que eles eram meus anjos, e são mesmo, estão me dando uma chance de realizar sonhos e provar que posso ser realmente boa (mesmo que com alguns tropeços, como em todo aprendizado).


E.C.L – Queria que nesse momento você pincelasse para os leitores um pouco do que vamos encontrar em seu livro, visto realmente pela ótica do escritor. 

C.T: Larissa é uma adulta independente financeiramente, mas não emocionalmente: ela todo dia encara a depressão, o tipo de doença que é difícil de explicar. Com um empurrão, ela decide (e, de certa forma, é obrigada a) escrever sobre seus sonhos, suas realidades, suas emoções, seus sentimentos. Esse é o passaporte para seu autoconhecimento. Sua chance de se aceitar e, quem sabe, ser feliz.


E.C.L — Você certamente não vai parar só neste livro, até porque você não é de ficar quieta muito tempo. Já existe alguma ideia nova martelando sua mente?

C.T: Várias. Já comecei mais uns quatro livros, e desisti de todos. Não sei quando, nem como, vou engatar de novo a ponto de nascer outro livro que eu julgue bom o suficiente para ser publicado, mas Imaginário Feminino me ensinou que tempo não é documento. Então eu vou testando as ideias até que uma vai engatar, como foi o que aconteceu. Daí surgirá meu segundo livro.


E.C.L – Você encontrou dificuldades em ser publicada? Eu sempre questiono isso aos meus entrevistados. Se ele já foi visto com reservas, recebeu um não, ou então, deu de cara com quem acreditasse no seu talento... Porque não é sempre, mas acontece, principalmente quando a gente batalha para isso. O que você diria para um escritor iniciante?

C.T: Bom, antes de o Roberto conversar comigo sobre uma real publicação do Imaginário Feminino, eu mandei para muitas editoras – praticamente todas que eu achava. Não deu tempo para garantir a resposta de todas, eu não sei se teria levado algum “sim”. Sei que enviei um e-mail para todas as que tinha contato, agradecendo pelo apoio e dizendo que estava com uma editora. Algum tempo depois, recebi e-mail de duas ou três, que eu não havia enviado o e-mail, dizendo que não era o “tipo de livro” que eles publicariam. Acredito que, se não fosse pelo Laaf, nada seria tão fácil assim, por mais que acredite na minha estória e no potencial dela.
Para um escritor iniciante eu diria para não desistir e, se desistir, que volte a rever e pensar em não desistir novamente. Às vezes dá desânimo, medo de não estar escrevendo algo bom o suficiente (pelo menos aconteceu comigo) e bate a insegurança. Entretanto, se você quer, se esse é seu sonho, então absolutamente ninguém – nem você – pode se desligar dele.


Bom, Camille, te desejo toda a sorte e sucesso do mundo, e agradeço o tempo cedido para essa entrevista! 

Roxane, muito obrigada pela entrevista e pelo apoio! O agradecimento é todo meu. Obrigada.


Claro, que em breve teremos resenha do livro da Cami, por hora, deixo a vocês, meu divos, o convite para o lançamento de "Imaginário Feminino":

 




Quem está no Rio, deve conferir!!!




Merry Meet!

Roxane Norris

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