Thayane Gaspar
"A Princesa de Gelo"
"Eu sou a pessoa mais volúvel que eu conheço, eu mudo toda hora, não dá
para enjoar ou se cansar de mim. Eu vejo o mundo por meio de uma
narração na minha cabeça, como se a rotina fosse um livro sendo escrito e
descartado quando desinteressante. Não dá para me descrever sem pensar
em escrever, eu fui escrita, rabiscada e inventada. Escrita, rabiscada e
inventada por mim mesma."
Sou carioca, e não combino com o clima do Rio. Sou amante do rock, mas casada só com as letras. Sou uma rebelde contida. Sou uma utopia real."
Essa foi Thayane Gaspar por si mesma.
Porém, que tal conhecermos essa carioca mais um pouquinho? Com esse intuito, eu trouxe uma entrevista fresquinha com ela... Bora conferir?
1 – Olá Thayane é um prazer
está te recebendo nessa coluna dedicada ao CNA, e de início, gostaria muito que
nos falasse um pouco sobre você e o que te levou a ser escritora.
T.G: Eu que agradeço a oportunidade!
Eu não sei responder quando eu comecei, acho que foi desde sempre. Escrever para mim era uma coisa tão natural que eu não entendia como aquilo podia ser natural para mim e não para outras pessoas. Eu comecei a prestar atenção nisso entre meus 8, 10 anos, quando eu ganhei uma série de concursos literários no colégio e as pessoas passaram a chamar a ação de escrever de “dom”. Eu sempre disse que não sou eu quem inventa história e escreve, são as palavras que os fazem. Elas sussurram dentro de mim e pedem ajuda para existir, por isso eu as escrevo. E aos 14 anos, eu tive muito tempo para ouvi-las e me dedicar a elas, foi quando eu escrevi o meu primeiro “livro”. E desde então as palavras dependem de mim para existir, e eu delas.
2 – Ter o livro editado e
publicado é o sonho de todo escritor, nesse momento ele passa a ser autor. De
que forma esse sonho passou a ser realidade para você? Foi algo inusitado?
T.G: Sim, foi. Num dia qualquer, minha mãe
estava contando como tinha orgulho das coisas que eu escrevia e dizia que um
dia eu ia publicá-las e ser alguém no universo da literatura. Alguém ouviu o
discurso da minha mãe, e acreditou em mim. Apostou no meu talento como um tiro
no escuro, e tratou de todas as formas a me ajudar a abortar um sonho, e
transformá-lo em realidade. E duas pessoas foram esse alguém e mudaram minha
vida de um dia para o outro sem nunca terem lido sequer um texto meu. Mas leram
em mim que eu merecia a publicação e o incentivo. Quando eu vi a capa do meu
livro pronta da maneira que eu sempre idealizei e as palavras bem ordenada nas
frases, ele se pareceu com os livros dos meus autores favoritos, e eu pensei:
“Enfim, eu sou autora!” Eu nunca foi
esquecer aquela sensação, era como se finalmente as pessoas iam ler tudo aquilo
que eu tinha para escrever. Eu nunca vou conseguir agradecer o suficiente a
Paula e ao Márcio.
Ela fugia do amor como
algo necessário à sua sobrevivência..."Alessa não tinha um coração!
Acredite, é verdade! Até nos momentos em que a adrenalina prevaleceu em seu
sangue fazendo-o trabalhar mais rápido, ela o negou; deveria ouvi-lo bater ou
ao menos senti-lo, mas era como se seu coração não fizesse mais nada além de pulsar
o sangue para que o corpo, ligado a uma alma mórbida, continuasse respirando.
Feitiço. Magia.
Encanto. Poções. Bruxaria??? - Não! Apenas um coração e sua simplória
maldição."
3 – Seu livro “Princesa do
Gelo” tramita entre o fantástico e o drama, como foi trabalhar isso?
T.G: Eu
simplesmente não pensei no que as pessoas iam pensar sobre o livro. Acho que
essa foi a chave para a sinceridade e a pureza nos sentimentos dos personagem.
Acredito que seja por isso também, que eu consegui abordar um assunto delicado
como o suicídio, ser fiel as suas motivações e mergulhar no drama e no universo
de que não tem nada a perder. A sensação de trabalhar isso seria a de medo
pelos tópicos abordados, mas eu abordei como se os personagens estivessem
diante de uma máquina de mentiras e não pudessem mentir ou camuflar seus
sentimentos.
4 – Queria que você nos destacasse um trecho que acha relevante para nos apresentá-la.
T.G: "Eu sei o quanto isso é irrelevante; entretanto, no dia do encontro
com Lacrov, amontoei expectativas embaixo do meu tapete cristalino e
frio, sentindo-me como uma garotinha de sete anos cujo pai promete
comprar sorvete e não cumpre. E no dia seguinte, quando ele volta a
recitar aquela promessa, a garotinha acredita novamente. E irá acreditar
quantas vezes mais ele prometer a ela. Porque ela o ama."
Eu
escolhi esse trecho pois acho que isso é uma qualidade minha. Eu ainda
acredito nas pessoas e no amor que as une, o meu livro mostra como a
vida pode se transformar quando nós fazemos isso.
5 – O mercado editorial
brasileiro está se expandindo rápido nos últimos anos, como você vê o CNA interagindo
com ele nesse campo?
T.G: Eu vejo o CNA acreditando
nos autores independentes. E eles acreditam nas pessoas talentosas, e esse
talento faz o restante do trabalho. O CNA da o espaço, o incentivo e as
ferramentas que os autores precisam para serem inseridos no mercado, e as
coisas seguem um curso natural até o sucesso.
6 – Queria te agradecer o
tempo cedido a nós para esse bate-papo gostoso, e deixar esse espaço para suas
considerações e, claro, uma forma de encontra-la na net. Nosso blog estará
sempre de portas abertas para recebê-la. Até!
T.G: Muito obrigada pelo bate-papo!
Eu espero que os leitores gostem da Princesa de Gelo, porque se a Alessa não tem um coração, eu tenho. E ele foi impresso em cada página do livro!
Facebook da autora: www.facebook.com/thayane.gaspar
Blog: www.thaytopia.blogspot.com.br
Vale à pena conferir!
Roxane Norris
3 comentários:
Obrigada pela oportunidade de ser entrevistada, eu adorei experiência!
Eu espero que as pessoas gostem do meu livro e que entendam o contexto no qual ele foi escrito e o objetivo com o qual ele criado.
Tudo de bom para você, muito sucesso!
Mil beijos!
Eu estou louca por esse livro.
Gostei muito do bate papo rs (amo essa coluna)
Adorei o trecho escolhido.
Beijos
Parabéns pela postagem!
Ficou completa, e não vejo a hora de ler esse livro!
http://imaginemia.blogspot.com.br/
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