Título Original: "The Boy in the Striped Pyjamas".
Autor: John Boyne.
Ano: 2006.
Número de Páginas: 186.
Editora: Cia. das Letras.
Edição: 20ª Reimpressão.
Tradução: Augusto Pacheco Calil.
Um livro tão simples e tão bem escrito que beira a perfeição. - The Irish Independent
Ao começar a leitura desse livro, damos de cara com um personagem ingênuo e inocente que nos conduzirá durante toda a história: o jovem Bruno, que mora em Berlim com a família na época da segunda guerra mundial. Já nas primeiras páginas no livro, vemos Bruno se deparando com um problema: ele e a família estavam se mudando da cidade. A princípio, o rapaz fica revoltado em ter que sair da cidade, abandonar a enorme casa em que vivia e ainda por cima, ter que abandonar os "três melhores amigos da vida toda". No entanto, como seu pai era um comandante do exército, e ele, apenas um garoto, não houve discussão.
No entanto, é na nova casa que Bruno tem uma de suas maiores aventuras. Em uma de suas expedições, ele acaba se deparando com uma cerca e acaba encontrando um estranho garoto trajando pijamas listrados. O desconhecido acaba se tornando o melhor amigo de Bruno, que todos os dias após o término de suas aulas particulares se dirigia à cerca para que pudessem ter mais uma tarde repleta de conversas. O estranho garoto, chamado Shmuel, acaba criando uma simpatia pelo novo amigo, e mesmo que os dois não possam brincar por causa da cerca que os separa, eles se contentam em ter uma amizade a base dos inúmeros diálogos que produzem ao longo da história.
John Boyne narra todas as aventuras de Bruno desde sua saída de Berlim até a chegada a nova e horrível casa em que ele começa a viver com maestria. Durante toda a leitura, têm-se convicção que quem está contando a história é realmente um garoto de nove anos, que nada sabe da vida e do que acontece ao seu redor, e não um autor de trinta e cinco anos que pesquisou muito sobre o assunto para depois poder criar um best-seller com uma criança como protagonista no cenário do holocausto judeu. Até mesmo os erros de pronúncia do protagonista não passam batido. Fuhrer acabou se tornando "Fúria" e Auschwitz (nome de um grupo de campos de concentração localizados no sul da Polônia) tornou-se "Haja-Vista". É incrível o sucesso desse livro e a genialidade de seu enredo apesar dele ter sido escrito em apenas dois dias!
Afinal, o que um garoto de nove anos sabe sobre a vida? Boyne deixa claro em suas linhas que Bruno não fazia idéia do que estava acontecendo na época, e o garoto sequer sabia o motivo da cerca existir, separando-o do tão querido amigo. A ingenuidade do protagonista é, sem dúvidas, a chave do sucesso deste livro, pois se não fosse por isso, seria apenas uma outra história qualquer sobre a segunda guerra mundial.
O garoto mostra um lado totalmente alternativo do holocausto judeu, narrado sobre os olhos de uma criança, que por um acaso, acaba se tornando amigo de um dos "inimigos da nação". A história não se foca na guerra, em Hitler, e no holocausto em si, mas sim nas aventuras de Bruno e no modo como ele enxergava as pessoas e tudo o que acontecia ao seu redor, de um modo tão simples que chega a ser fascinante.
Os personagens são todos apresentados por Bruno e também, bem explorados pelo autor. Não conhecemos totalmente cada um deles, mas podemos ter uma idéia de como eles são como um todo pelas narrações do garoto, e pela conversa do mesmo com os demais personagens da história. A mãe, em especial, é uma personagem muito bem caracterizada pelas constantes crises e pelos medicamentos que se tornam necessários devido ao que ocorre ao redor da família (e que apenas o protagonista não se dá conta do que é). É um livro tão simples e tão bem escrito que beira a perfeição.
Como nada é perfeito, posso indicar que a única falha do livro talvez seja o desfecho. O último capítulo, para ser mais preciso. Não posso revelar mais, pois acabarei dando spoilers. No entanto, posso dizer com toda convicção que, o desfecho do filme (pasmem!) é ainda mais emocionante e melhor contado do que o do livro. Mas, tirando essa falha, posso dizer que O Menino do Pijama Listrado é uma ótima leitura para quem quer ver a temática da segunda guerra mundial sendo narrada de uma maneira completamente nova, simples, ingênua e brilhante. Não é um livro longo e posso garantir que renderá uma ótima tarde de leitura. E não se preocupem com a adaptação cinematográfica, ela é tão fiel à obra original que, ao assisti-lo, pensarão que estão relendo o livro. Sem sombra de dúvidas, esse livro não pode passar batido!
No entanto, é na nova casa que Bruno tem uma de suas maiores aventuras. Em uma de suas expedições, ele acaba se deparando com uma cerca e acaba encontrando um estranho garoto trajando pijamas listrados. O desconhecido acaba se tornando o melhor amigo de Bruno, que todos os dias após o término de suas aulas particulares se dirigia à cerca para que pudessem ter mais uma tarde repleta de conversas. O estranho garoto, chamado Shmuel, acaba criando uma simpatia pelo novo amigo, e mesmo que os dois não possam brincar por causa da cerca que os separa, eles se contentam em ter uma amizade a base dos inúmeros diálogos que produzem ao longo da história.
John Boyne narra todas as aventuras de Bruno desde sua saída de Berlim até a chegada a nova e horrível casa em que ele começa a viver com maestria. Durante toda a leitura, têm-se convicção que quem está contando a história é realmente um garoto de nove anos, que nada sabe da vida e do que acontece ao seu redor, e não um autor de trinta e cinco anos que pesquisou muito sobre o assunto para depois poder criar um best-seller com uma criança como protagonista no cenário do holocausto judeu. Até mesmo os erros de pronúncia do protagonista não passam batido. Fuhrer acabou se tornando "Fúria" e Auschwitz (nome de um grupo de campos de concentração localizados no sul da Polônia) tornou-se "Haja-Vista". É incrível o sucesso desse livro e a genialidade de seu enredo apesar dele ter sido escrito em apenas dois dias!
Afinal, o que um garoto de nove anos sabe sobre a vida? Boyne deixa claro em suas linhas que Bruno não fazia idéia do que estava acontecendo na época, e o garoto sequer sabia o motivo da cerca existir, separando-o do tão querido amigo. A ingenuidade do protagonista é, sem dúvidas, a chave do sucesso deste livro, pois se não fosse por isso, seria apenas uma outra história qualquer sobre a segunda guerra mundial.
O garoto mostra um lado totalmente alternativo do holocausto judeu, narrado sobre os olhos de uma criança, que por um acaso, acaba se tornando amigo de um dos "inimigos da nação". A história não se foca na guerra, em Hitler, e no holocausto em si, mas sim nas aventuras de Bruno e no modo como ele enxergava as pessoas e tudo o que acontecia ao seu redor, de um modo tão simples que chega a ser fascinante.
Os personagens são todos apresentados por Bruno e também, bem explorados pelo autor. Não conhecemos totalmente cada um deles, mas podemos ter uma idéia de como eles são como um todo pelas narrações do garoto, e pela conversa do mesmo com os demais personagens da história. A mãe, em especial, é uma personagem muito bem caracterizada pelas constantes crises e pelos medicamentos que se tornam necessários devido ao que ocorre ao redor da família (e que apenas o protagonista não se dá conta do que é). É um livro tão simples e tão bem escrito que beira a perfeição.
Como nada é perfeito, posso indicar que a única falha do livro talvez seja o desfecho. O último capítulo, para ser mais preciso. Não posso revelar mais, pois acabarei dando spoilers. No entanto, posso dizer com toda convicção que, o desfecho do filme (pasmem!) é ainda mais emocionante e melhor contado do que o do livro. Mas, tirando essa falha, posso dizer que O Menino do Pijama Listrado é uma ótima leitura para quem quer ver a temática da segunda guerra mundial sendo narrada de uma maneira completamente nova, simples, ingênua e brilhante. Não é um livro longo e posso garantir que renderá uma ótima tarde de leitura. E não se preocupem com a adaptação cinematográfica, ela é tão fiel à obra original que, ao assisti-lo, pensarão que estão relendo o livro. Sem sombra de dúvidas, esse livro não pode passar batido!
3 comentários:
Ótima resenha! Quando estava lendo, lembrei praticamente de todo o livro rsrsrs :)
Pela resenha parece que eu vou gostar! =) Adoro saber sobre história!
Gostei muito da Resenha. E bom eu não li o livro, mas vi o filem. Foi emocionante... é de partir o coração ao ver tamanha a inocencia. Só achei muito estranho um campo de concentração em que o menino podia ficar a tarde inteira numa cerca....e ninguem vigia a cerca e talz...mas enfim...o final é de partir o coração... e estou pasmada pelo do filme ser melhor que o do livro como diz o.o
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