Eu ♥ Resenhas: A Casa



Título Original: "A Casa".
Autor (a): André Vianco.
Ano: 2002.
Número de páginas: 302.
Editora: Novo Século.
Edição: 1ª edição.





 
Confesso que esperava mais desse livro, a pessoa que me recomendou disse-me que se emocionou tanto que chegou até a chorar. Bem, infelizmente não reagi da mesma forma, mas as pessoas reagem de formas diferenciadas a tudo, não é? Li esse livro em um dia ou dois, não me recordo ao certo. Conheci Vianco através de seus sete vampiros portugueses, talvez por isso eu tenha ficado um tanto decepcionada com essa obra. Mas, vejam, é um bom livro.

Conta a história de várias pessoas que chegam ao fundo do poço por razões diferenciadas e todas só enxergam apenas uma única saída: o suicídio. É aí que acontece uma coisa estranha, surge alguém misterioso que lhes entrega um cartão falando de uma suposta casa amarela e que, após conhecerem tal casa, suas vidas mudariam completamente. Obviamente, a maioria duvida da promessa, mas todos acabam por irem a casa e tem suas vidas realmente transformadas. Por quem? De que forma? Por quê? Bem, essas perguntas serão respondidas desde que você termine a leitura desse livro.

Pode-se dizer que a “A Casa” oferece uma “segunda chance” a todos os desesperados, porém eu não concordo muito com essa mensagem, porque as pessoas deveriam aprender a se recuperar independente do que houve, têm que aprender a aceitar seus erros e perdoar, sobretudo, elas mesmas para poder melhorar seu presente e futuro. Pra mim, o livro pecou nessa questão. Claro que seria ótimo se pudéssemos passar pela mesma experiência dos personagens e ter a nossa segunda chance, mas a realidade não é assim, infelizmente.

O que vale ressaltar é que o livro também mostra que devemos sempre demonstrar nosso carinho pelas pessoas ao nosso redor, bem como um trecho de “Pais e Filhos” da banda Legião Urbana (que eu amo de paixão): “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Porque se você parar pra pensar, na verdade não há”. O livro “A casa” fala sobre o perdão e nos faz refletir a maneira como levamos nossas vidas, por exemplo, somos gratos o suficiente? Demonstramos nosso amor suficientemente a todos que amamos? Deixamos o orgulho afastar algumas pessoas que amamos? Etc. O orgulho em excesso também é um pecado, não esqueçamos isso. Mas não é por medo de pecar que você deve negá-lo, simplesmente porque ser humilde às vezes é muito melhor. Aceitar seu erro e pedir perdão traz muito mais tranquilidade para a vida e para seu coração do que continuar negando seu erro e jogando a culpa para cima de terceiros, não é verdade? Ninguém é perfeito mesmo, às vezes um simples pedido de perdão poderia mudar toda uma vida e “A casa” também mostra isso em algumas de suas situações.

Acho que talvez o livro não tenha me emocionado tanto quanto as outras pessoas porque eu não passei por nenhuma situação semelhante as do livro, ou até porque o livro não me convenceu completamente. Voltando a bater na mesma tecla, eu, particularmente, não me arrependo das coisas que fiz; é claro que eu poderia ter feito várias outras coisas melhor, porém, prefiro ver os erros como um degrau para melhorarmos no futuro. É preciso superar o erro e subir um degrau na escada da evolução. Errar uma vez, como dizem, é humano, persistir no erro é estupidez. Não adianta consertar o passado, é preciso aprender com os erros cometidos nele e evitá-los num futuro próximo, certo? Pelo menos é isso que eu penso e, para mim, foi nessa mensagem que o livro pecou um pouco e por isso talvez não tenha me convencido. Achei que o livro cheirava um tanto quanto a auto-ajuda (que não é um dos meus gêneros preferidos, embora não tenha nada contra). Mas é um bom livro no fim das contas. Recomendo.

2 comentários:

Biih disse...

ñ conhecia o andré vianco, ele é realmente bom? :T e vc fala sobre um livro de vampiros dele, é bom? *-*

Anônimo disse...

Também li este livro há muito tempo.
Confesso que não lembrava mais da história.
Só me lembrava de uma coisa: que não havia gostado.
Lendo este resumo, hoje, percebo que talvez não tenha gostado por motivo semelhante: talvez na época em que li, não estava a procura de um livro sobre perdão e tal, esperava um André Vianco "normal".

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