Eu ♥ Resenhas: Os Sonhos Morrem Primeiro


Título Original: "Dreams Die First".
Autor(a): Harold Robbins.
Ano: 1977.
Número de Páginas: 276 páginas. 
Editora: Record.
Edição: 1ª Edição.
Tradutor: Nelson Rodrigues.



Confesso que enrolei um pouco para terminar este livro, mas a culpa não foi exatamente minha, o tempo é que me foi roubado por conta dos compromissos que arrumei. Mas enfim pude terminá-lo. Esse é um dos livros que selecionei para o desafio de férias organizado pelo blog "Garota It" e agora que as devidas informações foram dadas, vamos ao que interessa...

Eu tive vontade de ler "Os Sonhos Morrem Primeiro" desde que meus olhos caíram sobre a capa e fitaram o título tão perturbador e, depois que lida a sinopse, obviamente a vontade se tornou um desejo irrefutável. O enredo que Harold Robbins nos traz neste livro é fascinante, intrigante e deveras sensual. O livro conta a história de Gareth Brendan, um homem que imprime sua marca toda pessoal ao vasto império privado que conseguiu construir em torno de Macho, uma revista que escandaliza e fascina milhões de leitores pelas opiniões que emite e pelos audaciosos postes centrais. Podemos dizer que Macho é de fato uma revista masculina, mas acho que o próprio nome já diz, não é?

 
No começo do livro, Gareth não passa de um jovem desiludido com seus sonhos após ter lutado na Guerra do Vietnã. Acorda sem saber o que houve na noite anterior com uma terrível ressaca ao lado de um jovem nú em seu apartamento, ele então desiste de se questionar se dormiu ou não com o jovem e se apressa para ir pegar o seu último cheque de auxílio-desemprego. Gareth se mostra um esplêndido boêmio no começo do livro, contudo, com o passar das páginas e com certa influência de Lonergan, transforma-se em dono e editor de uma folha de propagandas - o Hollywood Express -, entretanto, Gareth decide que pode transformar aquele jornal em algo, digamos assim, interessante e então começamos a conhecer um novo personagem, um homem de negócios e que tem lábia o suficiente para conseguir o que quer. É ótimo acompanhar a transformação dos personagens, especialmente Gareth, uma vez que o livro é em primeira pessoa. O personagem se transforma toda vez que surge uma nova oportunidade, uma nova esperança, um novo sonho... Apesar de ser um mulherengo, Gareth não deixa de ser um personagem adorável e é cuidadoso com cada mulher que se envolve.

Com a ajuda de Bobby - o jovem nú que acorda ao seu lado no início da história - e Verita - caixa no banco que sempre atendia Gareth quando ia pegar seus cheques-desemprego -, Gareth consegue dar um pontapé inicial em seus planos para um novo jornal. Bobby, filho de um missionário influente, é homossexual e apaixonado por Gareth e ajuda na área fotográfica e na formação dos layouts do novo jornal. Verita é formada em contabilidade, embora por ser de nacionalidade mexicana e mulher, não teve tantas oportunidades para exercecer sua formação, assim quando Gareth lhe propõe ser a contadora, ela acaba aceitando além do mais, no começo do livro os dois estão em uma espécie de relacionamento aberto o que digamos, influencia um pouco na decisão da personagem.
No decorrer da história, vemos o desenvolvimento tanto do lado profissional como o relacionamento entre os personagens, aos poucos vão construindo uma grande amizade. É bonito de se ler e creio que isso é uma das coisas mais importantes nessa obra. Gareth passa por altos e baixos durante a história, se não fosse pelos personagens que foram aparecendo e que lhe apoiaram verdadeiramente, Gareth não teria conseguido chegar a lugar algum.

O livro aborda temas bem variados, mas que se misturam durante a trama de uma forma que se melhorar, estraga. Harold Robbins conseguiu construir um enredo maravilhoso e super envolvente. Não consegui achar uma página entediante e a escrita não peca também, não sei se parabenizo a Harold Robbins ou a tradução de Nelson Rodrigues, então parabéns aos dois por trazerem uma história tão agradável como esta para a minha vida e a vida de muitos outros! As páginas passavam tão rapidamente que quando fui ver, já havia passado da metade do livro no primeiro dia de leitura. 

A única coisa que - ao meu ver - deixou a desejar foi o final. Achei-o um tanto abrupto, mas talvez se ele não fosse assim, o livro poderia enfim encontrar seu primeiro momento de tédio. O final deixa o leitor com um gostinho de "quero mais" e esse gostinho nos faz pensar em como continuaria aquela história. Nada mais sábio que deixar a mente dos leitores excitada para a continuação de uma nova história, é quase o mesmo que comer o último pedaço daquele chocolate saboroso. Você quer mais, mas não tem. É uma droga, mas a última mordida valeu por todo o desejo que você está passando agora. Afinal, tudo que é bom acaba rápido, desde uma boa história até uma saborosa barra de chocolate. Livro recomendado para aqueles que sabem apreciar um bom romance com pitadas de ação, sensualidade e - por que não? - mistério.

Certo, ignorem a parte relacionada a chocolate, mas é que de fato acabou e eu queria tanto uma barrinha agora.

8 comentários:

Anônimo disse...

Esse livro parece que é escrito na linguagem antiga...
não me enteressei mto naum...
mas talvez um dia quem sabe eu leia... uashuash'
bjoos.:D

Anônimo disse...

Não, não... A linguagem utilizada não é rebuscada, eu diria que é até simples, nem é preciso fazer uso do dicionário. :D

Anônimo disse...

eu to lendo esse livro no momento, e to adorando, realmente é interessante o como Garet se modifica ao longo do livro...

BEijos

livrodossonhos disse...

Ah, gostei da forma de escrita.. o livro é bacana.. recomendo. Daniel

Unknown disse...

Nossa adorei ler este livro !

Anônimo disse...

estava olhando uns livros velhos aqui em casa e achei esse vou ler! obrigado!

MotoJatz disse...

Tenho esse livro, desde o começo dos anos 80. Entretanto nunca li, embora tivesse a impressão de que o conteúdo fosse diferente do comentário de um anônimo, aqui no blog. Vou ler. Obrigado.

Nilton Minora disse...

Hoje, 13/07/2019, sábado .... recomendei este livro, a meu Irmão Edilson, que mora lá em Águas Cláras - Brasília-DF, e que a longos anos atrás (hoje ... com 72 anos), ainda, quando naquele tempo fazia o 2º grau (na época científico) li este livro que serviu para sempre de norte para minha vida - não digo que venci, mas nunca desisti, aqueles sonhos de juventude, morreram, outros foram surgindo durante a minha vida ... os sonhos podem até morrer ... mas durante a nossa existência podemos modificá-los, alterá-los ... E foi o que aconteceu, até hoje, eles morrem e eu continuo criando novos sonhos (novos projetos).
Bjs a todos e bons sonhos durante a existência que o Criador nos reservou.

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