Eu ♥ Resenhas: Mundo Sem Fim



Titulo Original: World Without End.
Avisos: Este livro faz referência a violência e sexo.
Autor: Ken Follet.
Ano: 2007.
Editora: Rocco.
Numero de Páginas: 941.














Como diz a indicação na contra capa, este livro já nasceu Clássico. Mas morreu como tal?

Mundo Sem Fim é um romance histórico do maravilhoso escritor Inglês Ken Follet. O livro Medieval foi lançado em 2007 sob grande expectativa dos Fãs de Follet e por uma razão justíssima.

Este romance se passa em 1327 e é uma continuação do livro de maior sucesso do inglês, o também medieval Pilares da Terra I e II. Livros estes fantásticos para os amantes da literatura Medieval e Clássico Boníssimo para os demais.

Cercado por está grande expectativa de escrever a seqüência do seu livro de maior sucesso, Follet acabou por escrever um livro pela metade.

O livro inicia-se com quatro protagonistas: Merthin, Ralph, Gwenda e Caris. Estes quatro ainda crianças acabam testemunhando a luta entre soldados da rainha e um cavaleiro fugitivo. Este cavaleiro, chamado Thomas guarda um grande segredo, portanto foge de todo o poder da realeza, por fim esconde uma carta chave e pede a Merthin que quando morrer o menino deve entregá-la a um padre.
A partir daqui, a trama começa a andar de fato e tem no início dois pontos cruciais para o não fracasso total do romance. Ken Follet tem uma das formas mais maravilhosas e naturais de narrar suas historias. Sua calma que o impede (ao menos nos romances medievais) de dar um ritmo veloz lhe compete uma historia envolvente, estável e, sobretudo, real.

Já o seu segundo ponto positivo é como ele nos apresenta está época tão interessante da humanidade. Ao contrario de TODOS os outros livros que falam da idade média ou fantástica idade média que já li, tais como: Ivanhoé, Crônicas do Mundo Emerso, A Guerra dos Tronos, O Arqueiro, Entre outros. Ao contrario de todos eles, Ken Follet não foca em Guerras, Cavaleiros, Honra Cavalheiresca, Reis, Rainhas, Torneios, Espadas brilhantes, Pilhagem, Nobreza e Brasões. Apesar de tudo isso fazer parte da trama, o foco é a verdadeira vida medieval.

Tanto que dos quatro personagens principais, apenas Ralph tem algum contato com a Nobreza, sendo está sua obsessão. Já Merthin é um aprendiz de construtor, Gwenda uma Camponesa e Caris, filha de um mercador rico.

Eles passam suas vidas em KingsBridge, um priorado conhecido por sua Catedral com aproximadamente duzentos anos. E se Pilares da Terra demonstra como um Prior, espécie de prefeito, pode levar o lugar à ascensão material e espiritual, Mundo Sem Fim demonstra o contrario.

O Priores de KingsBridge são ultra ortodoxos e impedem muitas vezes que a cidade prospere e é missão dos mercadores lutar contra está tirania. Como? Com jogos de interesse, planos meticulosos e uma discreta batalha de influencia.

Até certo ponto a historia vai melhorando sucessivamente e somos surpreendidos com elementos realmente muito bons.:Há a peste negra e a inquisição; Uma igreja real, portanto cruel e mesquinha, se insinua na ignorância do povo e faz por ali seus maiores estragos mantendo todos cegos e ignorantes.

Merthin cresce neste ambiente político e torna-se o mais notável construtor, Ralfh torna-se pajem e mais tarde vai a Guerra dos Cem anos. Gwenda é quase que esquecida por Follet e tem uma historia capenga e pobre, podendo até ser excluída do livro. E, por ultimo, Caris que tem o verdadeiro protagonismo durante toda a peste negra.

O problema é que, com tantos elementos interessantes, Ken Follet não consegue vencer aquela fase do “Tá quase lá”. O tempo todo eu esperei o momento em que perderia o fôlego e a historia deslanchasse de vez. E por mais que isso estivesse próximo a acontecer, o livro segue e não acontece, deixando um grande vazio decepcionante.

O Final do livro é ainda mais decepcionante. O Autor claramente perde o interesse pela historia e começa a deixar grandes lacunas e espaçar cada vez mais as ações. Os personagens envelhecem mais de dez anos e tomam atitudes primordiais para a trama em menos de meio capitulo.

E para finalizar a lambança, a carta misteriosa de Thomas, que muitas vezes é esquecida na trama e em outros momentos é reativada como principal motivador, mostra-se uma verdadeira “merda”: Sem graça, sem sal, sem real utilidade e broxante.

A trama tem vários pontos inexplorados e esquecidos, tem personagens vazios durante tempo demais e personagens importantes por tempo de menos. É extremamente irritante você perceber que a trama é boa, apenas não foi explorada. Por quê? Por desmazelo, preguiça, cansaço, não sei ao certo.

Sei que o Sr. Ken Follet merece respeito com sua bela historia, mas para mim ,a partir do momento em que você publica um livro a historia passa a ser dos fãs e não apenas do autor. Eu, como um grande fã de Follet e como “dono” de Mundo Sem Fim cravo que este é um conto pela metade.

E, por assim ser, ele merece metade da nota que eu gostaria de dar. Então, um quatro fica de ótimo tamanho.

E vale dizer, aqueles que quiserem ler Follet, comecem pelo magnífico Pilares da Terra e deixem Mundo Sem Fim para um tarde vazia. 

Obrigado!

0 comentários:

Postar um comentário

- Agradecemos a leitura do post e adoraríamos saber a sua opinião.
- Responderemos o seu comentário aqui mesmo.
- Comentários ofensivos/preconceituosos serão deletados.

 
Eu ♥ Livros © 2010 | Designed by Chica Blogger | Back to top