Eu ♥ Resenhas: O Arqueiro



Título Original: Harlequinn.
Editora: Record.
Paginas: 444.







Como um ávido fã de literatura sobre a idade média, Bernard Cornwell se tornou para mim um mito, até o dia em que eu resolvi lê-lo.



         Já tive medo de fazer uma resenha, já não quis fazê-la, já tive vontade de manipular a resenha ou até mesmo vontade de simplesmente explodir a resenha, mas está é a primeira vez que não sei como fazê-la.

         Bernard tem uma legião de fãs por conta de seus romances históricos e épicos. Já ouvi dizer que são os melhores contos da idade média e que Bernard é um Tolkien do mundo real. Por conta destes loucos aficionados que criei uma grande expectativa e fiquei impressionado com a simplicidade de O Arqueiro.

         Está historia traz detalhes importantes e um conhecimento vasto de uma época de guerras e aristocracia. Bernard tem um domínio muito grande e o tempo todo demonstra entender a cultura e os costumes do povo inglês na respectiva época. Tudo isto me fez pensar que: Quem não sabe inventa, mas Cornell, este sabe! Tenho por obrigação dizer em claras palavras que é um ótimo livro e que tem méritos importantes, mas não é lendário. Os fãs que me perdoem.

         Não sendo um livro nota dez, desponta como um maravilhoso nota oito, é refinado e de leve leitura, começamos e embalamos suavemente sem nenhuma brusca emoção e assim vamos até o final.

         Este livro é o primeiro da trilogia pela busca do Graal e se passa durante a Guerra dos Cem Anos na França. Neste tempo o Rei Inglês Eduardo reivindica o Trono Francês ocupado por Felipe de Valois. É nesta guerra que Thomas de Hookton é inserido. Ele é um dos arqueiros do poderoso exercito inglês.

         Mas a historia de Thomas começa um pouco antes contando um pouco de seu passado. Ele é filho de um Padre de ascendência nobre e que é o guardião da lança de São Jorge. O Enredo concentra-se na busca de Thomas para recuperar a lança roubada e para descobrir o nome de sua família que apesar de nobre continua oculta.

         Na trilha do exército inglês Thomas passa por aventuras dignas de uma canção de Bardo, mas para isso ele nos expõe a verdadeira face das guerras.

         Os homens são animais cruéis, a nobreza covarde e mesquinha, as batalhas sanguinolentas e sem controle enquanto as mulheres são frágeis objetos da sorte. Quando uma cidade é invadida as mulheres locais são invariavelmente estupradas e depois escravizadas. Isto se repete em cada cidade que o exercito toma.

         Além disto, é demonstrada com exatidão a impossibilidade de ser cortês ou honrado na guerra. A famosa Batalha de Crecy é o melhor exemplo. Mas mesmo fora dela há exemplos o suficiente. Enquanto o exercito Francês insiste em duelos com cavalos e seus honrados cavaleiros cheios de lanças decoradas e flâmulas hasteadas a Aristocracia Inglesa sabendo da sua desvantagem não tem pudor em usar arqueiros no lugar dos cavaleiros (como teoricamente deveria ser). As flechas inglesas foram o principal fator para o exercito liquidar as investidas dos franceses que em algumas vezes tinham mais que o dobro de homens.

         Para aqueles que gostam da idade média O Arqueiro é maravilhoso, apesar de um enredo simples demais e poucas surpresas. Para os não tão fãs assim é um livro bom e ponto. Enredo incrivelmente simples somado a uma riqueza de detalhes incrivelmente complexa. Vale a Pena.

         De qualquer forma eu recomendo, além de cultural e histórico ainda é a especialidade de um dos autores mais consagrados da atualidade.


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