Eu ♥ Resenhas: Sombras da Noite - 1

Salve, salve!

Essa semana não tem Mestres Literários, mas tem resenha! E a obra da vez é Sombras da Noite, Stephen King!













Título Original:
 "Night Shift"
Autor: Stephen King.
Ano: 1978.
Número de Páginas: 511.
Editora: Objetiva.
Edição: 1 / 2013
Tradutor: Adriana Lisboa

Esse livro foi originalmente publicado em fevereiro de 1978, nos Estados Unidos, com o título original Night Shift e reúne 20 contos de Stephen King, sendo alguns de seus mais conhecidos, integrantes desta obra.

Os contos são:

Jerusalem's Lot
Último Turno
Ondas Noturnas
Eu Sou o Portal
A Máquina de Passar Roupa
O Bicho-Papão
Massa Cinzenta
Campo de Batalha
Caminhões
Às Vezes Eles Voltam
Primavera Vermelha
O Ressalto
O Homem do Cortador de Grama
Ex-Fumantes Ltda
Eu Sei do que Você Precisa
As Crianças do Milharal
O Último Degrau da Escada
O Homem que Adorava Flores
A Saideira
A Mulher no Quarto

Então, ao livro.

Sombras da Noite é essencialmente de suspense e horror. Aqui é possível perceber como Stephen King gosta – e sabe - não apenas de mexer com os medos mais intrínsecos do ser humano, como também de explorá-los, relembrá-los. E torná-los assustadoramente reais. Digo isso porque enquanto lia O Bicho-Papão, me vi realmente – acreditem! – olhando de soslaio pro meu armário. Lia mais uma página. Outra corrida com os olhos para o móvel que de alguma maneira, parecia até zombar de mim.

Na minha opinião, o bom livro é o que trabalha bem o que se propôs a passar ao leitor e vai além, transmitindo as sensações que estão contidas nas linhas. Pode parecer idiota, tipo “Quem quer ler um livro para sentir medo?” - como eu já ouvi de tantas pessoas - Bom, os fãs de terror querem. O bom suspense inspira a tensão, a ansiedade. Sombras da Noite, nesse sentido, atinge seu objetivo com maestria.

E não apenas isso, o livro ainda é extremamente bem escrito. Como um todo. Não usa uma linguagem rebuscada ou floreada demais, daquelas que acabam se tornando enfadonhas e cansativas em algum momento. E as descrições são muito bem trabalhadas, de forma que você consegue se ver no cenário – ou sentir o cheiro de sangue impregnando o ar.

Não há um exagero em relação ao desenvolvimento da trama, nem cenas que poderiam ser cortadas. Tudo parece se encaixar com perfeição e mesmo em Ondas Noturnas, por exemplo, que é um texto relacionado com o livro A Dança da Morte, você é capaz de acompanhar a história sem a necessidade de ter lido a outra. Obviamente que o conhecimento prévio te situa melhor, mas não é algo indispensável e isso é muito bom, visto que não exige uma leitura anterior para a compreensão da obra.

Em relação aos personagens, pode-se dizer que Stephen King sabe como utilizar o fenômeno da identificação. Afinal, a base de transmitir sensações é fazer com que o leitor se sinta no lugar de quem está naquela situação. E a prova de que ele sabe como fazê-lo, está por exemplo, em Ex-Fumantes Ltda. Eu não sou uma fumante – ou pai de família, obviamente - mas consegui sentir a tensão e a ansiedade do personagem em cada momento que ele tinha vontade de acender um cigarro. Ou o desespero em não poder fazê-lo. Ou o medo, a sensação de não saber se está sendo observado. Você se vê, literalmente, sentindo com o personagem como se fosse a sua vida em jogo ou uma situação em que você se encontra preso, tentando desesperadamente encontrar uma saída e se ver livre do tormento latente.

Aqui, vemos pessoas comuns que em situações cotidianas, são levadas ao extremo e inimaginável, e que precisam reagir de acordo com esse novo paradigma no qual se encontram. O ponto forte do livro é o fato de conseguir manter o leitor envolvido até o último fio de cabelo, tenso, roendo as unhas, assustando e chocando o espectador de vinte contos que merecem o título de horror stories.

Isso te faz devorar as folhas, querendo saber como aquilo termina.

Os protagonistas não são, portanto, de forma alguma, pessoas especialíssimas, heróis ou virtuosos cheios de princípios inabaláveis. Muito pelo contrário, o fator justamente de serem pessoas normais em situações impensáveis. Um detetive, um homem qualquer com um gramado a ser aparado, um professor, estudantes universitários.

Indo além, nem todo terror precisa ter vísceras e estripamentos para ser bom ou eficiente em incitar o medo e o choque. Muito pelo contrário: boas histórias do gênero podem ser contruídas em cima de elementos implícitos e de forma muito sujetiva. Mexendo com o subconsciente da pessoa em seus medos mais intrínsecos.

Para mim, Sombras da Noite é um livro “must have” para todos os fãs de terror e suspense, por reunir clássicos do gênero e apresentar uma qualidade ímpar. E para os amantes de uma boa leitura ele também vale muito a pena, até porque, bons livros são sempre bem vindos! E um adicional muito interessante são as notas da tradutora e da editora que explicam termos da língua original (inglês) ou outras expressões que por exemplo, teriam duplo sentido, a exemplo do conto A Máquina de Passar Roupas (The Mangler no título original) o verbo to mangle significa "passar roupa", mas também "lacerar", "mutilar" e "retalhar"). Muito legal mesmo!

Stephen King aqui prova mais uma vez, que sua capacidade de escrever e construir boas tramas a partir dos mais simples momentos rotineiros é precisa. E que sabe como contar uma história.

E para dar uma noção pra vocês, eu tirei algumas fotos do meu exemplar – que ganhei de Natal de um amigo muito querido (obrigada, naja insuportável!) – e postei aqui:




O meu é da editora Ponto de Leitura, então ele é bem uma edição de bolso mesmo. É pequeno (usei para comparação, meu Alice, da editora Zahar) não tem orelha nas capas e as páginas são tipo papel jornal. Mas eu sou absolutamente apaixonada pelo meu!

Depois desse livro, eu comecei a olhar o meu armário com mais cuidado.

Agora, os contos. Nessa resenha, vou falar dos cinco primeiros, que são:

Jerusalem's Lot:

Definitivamente, uma trama envolvente do início ao fim. As coisas começam calmas, mas logo você está preso na leitura e precisa saber o mistério por trás de Jerusalem’s Lot. Essa história foi escrita em meados da década de 70 e pode ser encontrada também em um livro a parte.

Basicamente, conta a história de Charles Boone que se muda para uma casa que herdou em uma cidadezinha afastada, com seu ajudante e amigo de anos, Calvin McCann. Charles tem um estado de saúde debilitado depois que sua mulher morreu, algum tempo antes. No início, ele parece feliz em morar ali... Mas moradores parecem esconder algo, há um mistério que ronda uma vila completamente abandonada ali perto e quando acontecimentos macabros se manifestam, os habitantes culpam o recém-chegado pelas desgraças.

Sobre essa história, eu mantenho o que disse sobre a análise geral do livro. É um conto mais longo em comparação a alguns outros, mas você fica absolutamente preso a ele do início ao fim e as descrições aqui, tem um plus.
Na primeira cena da igreja em Jerusalem’s Lot, por exemplo, você consegue caminhar por dentro do local e quase se sentir esmagado pela atmosfera... Mas há um gosto interessante, quando você se vê imaginando a figura que no livro é descrita como “obscena”, mas não é especificada. A instigação é quase inquietante.

Os personagens principais também são interessantes e como o conto é escrito em forma de cartas trocadas entre Charles Boone e seu amigo Bones, você lê em primeira pessoa e tem contato maior com o que se passa na cabeça do protagonista. Há também trechos do diário de Calvin, que dão outra visão do que está acontecendo e da situação em si. E como se não bastasse, não é difícil se colocar no lugar do próprio Bones e imaginar como ele se sentiu, lendo aquela sequência de cartas e o que estava descrito nelas. Eu simplesmente adoro a forma como esse conto é multifacetado.

A trama trabalha bastante a ideia de demônios, pactos, livros malditos, inferno... É uma coisa pesada, fazendo insinuações de incesto, com aparições macabras e cenas bem fortes.

O final é completamente adequado ao texto. É perfeito e encaixa-se bem com a ideia do enredo todo, com o clima gerado pela história. E te leva a ficar pensando no que ainda vai acontecer naquela casa e se realmente existem coisas no destino da qual não podemos escapar, não importa o quanto tentemos.

E a propósito, o toque especial dado nas últimas linhas, fecha tudo com chave de ouro.

Um trecho do conto pra vocês:

“Como devo proceder? Se ao menos você estivesse aqui para me aconselhar, para me ajudar! Se ao menos você estivesse aqui!
Tenho de saber de tudo; tenho de voltar àquela cidade abandonada. Que Deus me ajude!”.

Último Turno: 

Se passa numa fábrica e de início o clima já é tenso – maquinário pesado, ratos e a sensação de ambiente abafado. Quando os funcionários são chamados para fazer um mutirão para limpar os porões da indústria, eles acabam encontrando lá embaixo coisas que simplesmente não deviam existir.
Bom, logo de início somos apresentados ao protagonista, Hall, que trabalha ali operando uma máquina desbastadora de fibras. Seu superior o chama para um mutirão de limpeza nos porões abandonados há sabe-se lá quantos anos, no que seria um feriado. Vendo que podia ganhar algum dinheiro com isso, ele acaba aceitando.

E eles vão para o subsolo.

Num lugar infestado de ratos, eles acabam se deparando com um dilema: Estão sendo mordidos por esses animais que parecem totalmente raivosos e são impedidos de abandonar o serviço, a não ser que queiram ser demitidos. Esse texto é quase claustrofóbico: um porão imundo, escuro, com o cheiro de umidade, mofo e coisas velhas impregnado em um ar tão pesado que é quase viscoso e você se sentindo lá dentro, impossibilitado de sair. Como eu disse, descrições impecáveis.

Apesar de não ser muito longo, gera uma sensação de inquietude muito forte. Nada é o que parece ser e a leitura te faz pensar que a trama vai seguir um rumo em certo ponto, mas te leva a outro.

Tensão. Tensão. Tensão. O personagem principal é uma espécie de anti-herói que no final, a mim, pareceu um sádico louco. Mas confesso que fiquei muito fã dele. Talvez porque eu sempre fique fã dos loucos. Quem gosta de criaturas macabras escondidas nas sombras e desmembramentos, vai gostar do conto!

Trecho:

“-Olhe – Hall se ajoelhou e acendeu um fósforo. Havia um quadrado no meio do cimento úmido, que se desfazia – Bata aqui.

Wisconsky obedeceu.

-É madeira.

Hall fez que sim.

-É a parte de cima de um suporte. Já vi outras por aqui. Há um outro nível debaixo desta parte do subsolo.”

Ondas Noturnas:

Bem, eu tinha dito que os contos dispensavam leituras prévias. Essa é uma exceção, tendo ligação com o livro A Dança da Morte, por tratar do vírus Captain Trips – que na história, dizima a humanidade. Mas não é necessária a leitura de uma obra para o entendimento da outra. Dá pra curtir o conto numa boa, sem problemas.

Aqui, a trama se desenvolve em torno de um grupo de jovens que se encontram em uma cidade vazia, cuja população foi acometida pela A6 (nome da doença mortal), sua solidão e insegurança em relação a possível imunidade que aparentam ter contra a mesma. A história é descrita em primeira pessoa pelo jovem Bernie, que era universitário ao tempo da epidemia.

Esse eu não considerei tenso e é o primeiro conto a não trazer um horror escancarado em suas linhas – mesmo considerando a parte específica em que o grupo faz uma “fogueira” - mas me causou um grande sentimento de nostalgia por causa do clima de solidão e iminência do fim que traz em cada parágrafo. Com as descrições, você até consegue sentir o cheiro da maresia ou o calor das chamas no seu rosto.

O clima todo da história é mais moroso. Não no sentido de entediante, mas de uma calmaria plácida, arrastada. É um mundo caótico, mas que parece repousar sobre a própria destruição silenciosa. Não temos gritos de um fim iminente. A fase posterior a esta é que é retratada na obra e de uma maneira interessante de ser vislumbrada, uma vez que é o pós-apocalipse no seu estágio de quietude eterno.

Confesso que este conto é um dos meus favoritos porque o terror aqui não é explícito, mas ao contrário, é o sutil desenvolvimento de uma história que se passa em um mundo onde o ser humano se encontra de frente com um dos maiores medos que tem: o de ficar sozinho. A ideia aqui é discorrida de uma forma na qual a dúvida não é se eles vão morrer. Mas quando. A sensação de iminência de um fim que não precisa ser precedido por uma grande catástrofe... Mas pode se esgueirar silenciosamente por meio da menor das criaturas da Terra.

Trecho:

“Mas agora toda a sujeira e todo o lixo haviam desaparecido. O oceano devorara tudo, como você despreocupadamente acaba com um punhado de Cracker Jacks. Não havia gente para voltar e sujá-la outra vez. Só nós, e não éramos bastantes para fazer muita zona. Também amávamos a praia, acho – pois não tínhamos acabado de oferecer-lhe uma espécie de sacrifício?[...]”

Eu Sou o Portal: 

Esse é um conto mais difícil de ser tratado, porque de fato aqui qualquer coisa a mais vai ser um spoiler e não é isso que eu quero.

Essa é a história de um ex-astrounauta que depois de voltar de uma missão a Vênus, se vê assolado por um cruel e desesperador mal. Não dá pra contar muito sem dar spoilers, mas a história é muito tensa e o final é absolutamente pefeito. Aliás, tudo nesse livro é extremamente tenso. Gosto bastante das palavras finais dele. Me lembrou os bons e velhos veteranos de guerra, com um código de honra e moral inabalável até o fim.

Ele é mais curto do que os outros e se passa pelos olhos do próprio astronauta, em primeira pessoa. Aqui, a ideia de entidade dividindo um corpo e tomando o controle do mesmo é muitíssimo bem trabalhada e traz aquele pensamento aterrador de se ter algo em você, controlando-o, destruindo coisas sem que haja qualquer vontade da sua parte e pior: Sem te deixar qualquer lembrança do que fez. Só a certeza de que foi você.

E enquanto Arthur nos conta sua história – ou conta para seu amigo Richard – é quase estarrecedor ir constatando do que ele está falando e quando o clímax de sua narrativa sobre como tudo aquilo começou acontece, é chocante. No melhor sentido da palavra.

Basicamente, tudo é retratado em uma noite apenas – a da conversa entre os dois amigos. Mas a história é completamente viciante. Eu simplesmente não conseguia parar de ler.

Confesso que o final dessa história é um dos meus favoritos – junto com o final de Jerusalem’s Lot.

Trecho:

“Quando acordei, estava sentado calmamente em minha varanda, olhando na direção da Grande Duna. A tempestade havia passado, e o ar estava agradavelmente fresco. A lua era uma pequenina fenda prateada. A areia era virginal – não havia sinal de Richard ou do bugre.”

A Máquina de Passar Roupa: 

Em uma lavanderia qualquer, uma sensação estranha ronda uma das máquinas de passar roupas. Depois que uma funcionária ficou presa e foi morta ali, um investigador tenta desvendar o mistério por trás daquele aparelho que lhe causa calafrios e que se revela como muito mais do que um maquinário industrial comum.

Bom, de início não há muito o que se imaginar de algo que na época em que se passa (e para quem conhece essas velhas máquinas de passar) teria sido previsível: Acidentes com maquinários não eram incomuns – em grande parte dos casos, porque a vigilância não era severa. Mas a verdade é que os fatos a respeito do dito “acidente” começam a parecer muito estranhos.

O agente John Hunton, ao se deparar com o acidente, acaba dividindo a péssima experiência com um amigo, o professor universitário Mark Jackson que fica interessado no caso e em seu desenrolar.

Enquanto trabalha tentando entender como o acidente aconteceu, um inspetor responsável por atestar se a trava de segurança da máquina – que em tese deveria ter impedido que a mulher fosse puxada para dentro – diz ao agente que não havia defeito com o equipamento.

A conversa dos dois deixa claro o clima que cerca todo o caso:

“-Então a barra de segurança não funcionou direito – Hunton disse, categoricamente. – A menos que ela tenha passado a mão por cima, em vez de por baixo.

-Não é possível. Há uma cobertura de aço inoxidável sobre a barra de segurança. E a própria barra não estava funcionando mal. Fica ligada à própria máquina. Se quebra, a máquina desliga.

-Então como é que isso aconteceu, meu Deus do céu?

-Não sabemos. Meus colegas e eu somos de opinião que a única forma pela qual a máquina de passar poderia ter matado a sra. Frawley era se ela tivesse caído lá dentro do alto. E ela estava com os dois pés no chão quando aconteceu. Uma dezena de  testemunhas podem atestar isso.

-Você está descrevendo um acidente impossível. – Hunton disse.

-Não. Apenas um acidente que não conseguimos entender.”

A trama traz a ideia de possessão e lendas urbanas, muito bem trabalhadas juntas e o desenvolvimento, o mistério por trás do que está acontecendo envolve não apenas John, mas também seu amigo Mark que o ajuda a entender que tipo de entidade poderia estar por trás daquela máquina. Além da conversa de John com o inspetor que gera a ideia de que não apenas aquele aparelho, mas outros... Vários outros objetos pelo mundo, podem ser malditos.

Quem nunca ouviu lendas sobre casas assombradas ou ouviu a história do colar maldito ou a mão da glória?

As descrições – eu vou ficar repetitiva ): – são excelentes e em uma cena, quando alguém fica preso na máquina, eu me vi roendo as unhas por não saber o que ia acontecer e se na próxima linha, eu estaria lendo a descrição de um homem esmagado ou uma máquina entrando em curto-circuito.


E por hoje é isso! Nos vemos no próximo, com a sequência da resenha! Até lá!  Ou até o próximo Mestres Literários! (:

Parte 2

Boas leituras e beijos da heavy.

3 comentários:

Lis disse...

Do blog para o site e eu preciso dizer: o layout antigo era lindo, mas o novo acabou deixando as postagens mais nítidas para a leitura.
Especialmente pra essa ceguinha que vos fala *parente do Itachi* u.ú

Pessooooooooooa que resenha foi essa?!?!
Eu to COÇANDO pra COMPRAR o livro! E veja bem. Não para ler. Para COMPRAR!
Sim, por que eu sou uma daquelas imbecis que MORRE DE MEDO de filmes de terror, não dorme a noite quando assiste algum, mas quando o assunto são contos ou livros, vai lá toda serelepe ler as agoniantes histórias por que o medo depois vale a pena...

E esse não é um livro que se valha dar ao luxo de ler em pdf no computador. Não mesmo! Um livro com o clima que você passou nessa resenha MERECE ser lido fisicamente com olhadas de soslaio para o armário sim senhora!! (E vendo que você que é você o fez, eu depois de ler isso nunca mais chego nem perto do meu guarda roupas né?)

Já tive um pouco de contato com Ondas Noturnas graças às nossas conversas e é um conto que de fato não inspira o terror explícito, mas mexe profundamente com a nossa ideia de análise da realidade: são aqueles textos de horror, filmes e livros que nos fazem parar pra pensar na iminência de algo assim acontecer...
No que faríamos se estivéssemos ali, no lugar daqueles personagens vivendo a situação totalmente possível que se retrata ali, mesmo que tão chocante aos nossos olhos.

São o meu tipo de contos favoritos... Ainda que também sejam os que mais me deixam noites acordada, olhando pro teto, pensando...
As vezes chorando junto com os personagens, as vezes tremendo de medo como eles...

Esse livro tem tudo pra ser uma boa aquisição, por que a curiosidade está intensa (especialmente pelo da Máquina de Passar roupas... Menina como eu adoro possessões - e como elas me cagam de medo senhor...) e o medo parece que não vai superar a vontade de saber o conteúdo dessa obra de arte!

Parabéns! Texto excelente, apresentação instigante e obra de arte mui bem escolhida!!!

No aguardo ansioso por mais resenhas - ainda que a minha conta bancária não agradeça os quilos de livros que eu vou comprar depois delas hauhauahuahauha
Kisus!

Yasmin Shiguematsu disse...

O livro é uma excelente aquisição e eu recomendo (: Mas é aquela coisa, quer você compre o livro físico ou o e-book, o que importa é o conteúdo. Com o impresso nas mãos ou lendo pelo computador, o que interessa são os contos! <3

Sombras da Noite é, atualmente, meu livro de cabeceira. Sou completamente apaixonada por todos os contos - embora tenha meus favoritos - e não tem um que não tenha atingido seu objetivo no que se propõe a fazer.

Até o final do ano, espero conseguir fazer outra resenha dele - Joyland ou Dr. Sleep, de preferência <3 Deus abençoe a Amazon! \o/

Haha, até a próxima!

Lukenovaes disse...

Muito fera, li o livro em e-book tenho ele no celular no computador e agora comprei o livro pra le-lo novamente.
É muito fera e o Stephen é foda!

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